Brasil

PF cumpre 4 mandados de prisão e 103 de busca contra manifestantes bolsonaristas

Operações realizadas nesta quinta (15) miram responsáveis por atos promovidos desde o segundo turno eleitoral, como o bloqueio de rodovias por apoiadores do presidente

Por O TEMPO Brasília
Publicado em 15 de dezembro de 2022 | 08:12
 
 
 
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A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (15), operações contra os envolvidos em manifestações desde o resultado das eleições de outubro. As ações são feitas por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com base na investigação sobre os bloqueios de rodovias. De acordo com a instituição, em oito Estados e no DF são 80 mandados de busca e apreensão. Além disso, a Superintendência da PF no Espírito Santo confirma outros 23 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão naquele Estado em outro desdobramento da ação. Também foram autorizados bloqueio de contas e quebra do sigilo bancário dos investigados. No Espírito Santo, são alvos os deputados estaduais Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (DC). Também houve determinação de bloqueios de 168 perfis nas redes sociais.

Além do Espírito Santo, são cumpridos mandados  no Distrito Federal e nos Estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina. Neste último Estado, foram apreendidos até um fuzil e uma submetralhadora. A PF não divulgou os nomes de todos os alvos da operação, apenas que são "pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública".

Desde 30 de outubro, quando foi realizado o segundo turno das eleições, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam a derrota do mandatário para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazem atos pelo país. Houve bloqueio de rodovias e acampamento em frente a quarteis, com pedidos de intervenção pelas Forças Armadas (o que é ilegal de acordo com a Constituição Federal).

Em 17 de novembro, Moraes já havia ordenado o bloqueio de bens de 43 empresas e de pessoas suspeitas de financiar os atos, sendo a maioria de Mato Grosso. Em 7 de dezembro, o ministro multou em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões identificados pelas autoridades de Mato Grosso que estariam envolvidos nos atos. Os veículos foram tornados indisponíveis, ou seja, tiveram o bloqueio de documentos e foram proibidos de circular.

Na última segunda-feira (12), apoiadores do presidente promoveram vandalismo em Brasília (DF). Grupos tentaram invadir a sede da Polícia Federal, depredaram a 5ª Delegacia de Polícia e atearam fogo em cinco ônibus e três carros. Os manifestantes tentaram se aproximar, ainda, do hotel em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado, na região central de Brasília, e o local teve a segurança reforçada. No dia, ninguém foi preso. 

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