Combate ao crime

PF faz operação para destruir máquinas de garimpeiros no território Yanomami

Lideradas pela Polícia Federal, as ações de combate ao crime são realizadas por força-tarefa composta também pelo Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa

Por Renato Alves
Publicado em 10 de fevereiro de 2023 | 08:20
 
 
 
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A Polícia Federal iniciou nesta sexta-feira (10) as ações de erradicação do garimpo ilegal nas terras Yanomami. Agentes desembarcaram no território indígena para destruir maquinário usado para extração de ouro, atividade proibida na região e apontada como uma das causadoras da crise humanitária que já custou centenas de vidas, principalmente de crianças, que morreram por malária e desnutrição.

“Os trabalhos visam a interrupção da logística do crime, com foco na inutilização da infraestrutura usada para a prática do garimpo ilegal bem como a materialização das provas sobre a atividade criminosa”, informou a PF, por meio de nota divulgada na manhã desta sexta sobre a “Operação Libertação”.

Lideradas pela Polícia Federal, as ações de combate ao crime são realizadas por força-tarefa composta também pelo Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa. Elas destoam da postura adotada no governo de Jair Bolsonaro, que vetou a destruição de máquinas usadas por garimpeiros ilegais.

Como reforça o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, “o foco das ações é na logística do crime e no registro da materialidade delitiva, não nas pessoas envolvidas, de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da Terra Yanomami”.

Freire ressalta também a importância de se evitar uma outra crise humanitária, em relação aos garimpeiros que não consigam sair da área e também acabem sem meios de subsistência mínima. “Não podemos esquecer que o foco principal da operação é a desintrusão total dos não índios da TI Yanomami”, diz.

“A Operação Libertação permanecerá em andamento até o restabelecimento da legalidade na terra indígena Yanomami. As ações de planejamento estão sendo realizadas no Centro de Comando e Controle da Operação Libertação, ambiente de trabalho localizado na Superintendência Regional da PF em Roraima para permitir a atuação, de maneira integrada, dos órgãos envolvidos na ação”, informou a PF.

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