Terror na capital

Saiba quem é George Washington de Sousa, preso por montar bomba em Brasília

Empresário do Pará confessou à polícia ter feito artefato colocado em caminhão-tanque que ia para aeroporto da capital federal

Por O Tempo Brasília
Publicado em 25 de dezembro de 2022 | 13:37
 
 
 
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O empresário do setor de gás George Washington de Sousa, de 54 anos, é o paraense preso pela Polícia Civil do Distrito Federal após montar uma bomba colocada em um caminhão-tanque que ia em direção ao Aeroporto de Brasília no último sábado (24). Ele, que disse estar em Brasília para participar do acampamento de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao QG do Exército, na região militar, confessou ter montado o artefato e entregue a outra pessoa. A intenção inicial era explodir um poste de energia para deixar a capital sem luz. Depois, porém, a bomba foi colocada em um caminhão-tanque, encontrada pelo motorista do veículo e desativada pela polícia.

Washington de Sousa tem 54 anos e, nas redes sociais, identifica-se como oriundo de Xinguara, no Pará. Ele teria saído de Santarém, naquele Estado, onde atua como empresário, com destino a Brasília. Seu perfil no Twitter não é atualizado desde outubro. Até lá, ele fazia uma defesa ardorosa do presidente Jair Bolsonaro e críticas ácidas contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele havia alugado, desde novembro, um apartamento no Sudoeste, área nobre da capital federal. Lá, foi preso com duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados, além de cinco outras emulsões explosivas, para uso em bombas como a que foi desativada nas proximidades do aeroporto.

Ao portal "Uol", um filho do empresário bolsonarista afirmou que os familiares dele eram contra a mudança para a capital federal para a participação dos atos contra o resultado da eleição e com pedidos de intervenção das Forças Armadas para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse que eles sabiam que "daria errado". A esposa de George, por sua vez, diz que não foi comunicada da prisão e que "o marido nunca faria algo assim", por ser "uma pessoa pacifista".

Prisão

Na noite deste sábado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um empresário paraense de 54 anos que confessou ser o responsável por colocar uma bomba em um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília, no Distrito Federal. O homem, que não teve o nome revelado, é inscrito como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e disse ter vindo à capital para participar de atos contra o resultado da eleição e com pedidos de intervenção militar em frente ao Quartel General (QG) do Exército, na área militar. Segundo o delegado-geral Robson Cândido, o empresário, que é apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que queria provocar uma explosão para chamar atenção para o movimento do qual participa. Com ele, foram apreendidas outras cinco emulsões explosivas, além de diversas armas que ele alega terem sido trazidas de carro de seu Estado. O delegado diz que o suspeito afirmou que os explosivos teriam vindo de pedreiras e garimpos no Pará.

Inicialmente, a ideia era explodir um poste de energia. Contudo, depois o artefato foi colocado no caminhão de combustível de aviação. O material foi encontrado por funcionários da empresa que administra o aeroporto e foi desativado pela polícia. 

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