O novo presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido), disse que pretende viabilizar, junto às empresas de construção civil, o adensamento populacional na região central da capital. "O trinômio teto, trabalho e transporte. Essa vai ser a santíssima trindade urbana que nós vamos aplicar na Câmara", afirmou Azevedo. Para colocar isso em prática, o vereador disse que já conversou com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e vai conversar com o setor de de construção civil.
Azevedo acredita que a cidade deve ser integrada. "As pessoas têm que morar, têm que trabalhar e têm que ir de um lugar para o outro. De preferência isso tem que ser perto para não gerar trânsito", disse durante entrevista para o Café com Política, do jornal Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (6/1). "Precisamos de promover o adensamento urbano. Hong Kong, Tóquio e as cidades que funcionam, adensam. Nós não podemos ser contra a construção de arranha-céus. É isso mesmo, nós temos que subir a nossa Belo Horizonte na direção do céu com planejamento de mobilidade", defendeu o vereador.
Em relação à suspensão, por parte da prefeitura de Belo Horizonte, do cadastro para novas moradias populares até que o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, seja retomado, Gabriel Azevedo cobrou mais criatividade do Executivo. "Nós vamos ficar esperando o governo federal recriar o Minha Casa Minha Vida? Não. A prefeitura pode ser mais criativa", afirmou e nesse sentido, ele sugeriu a reformulação da Urbel por considerar que a instituição não faz política habitacional e sim o mesmo papel da Defesa Civil.
O vereador Gabriel Azevedo (semp partido), presidente da Câmara de BH, defende o adensamento urbano da capital, com a construção e revitalização de arranha-céus para moradias, como uma das maneiras de resolver a questão habitacional e de mobilidade. pic.twitter.com/GfmhQvI5iJ
— O Tempo (@otempo) January 6, 2023
O vereador considera uma ideia ultrapassada construir conjuntos habitacionais e "varrer os pobres" para longe da região central. Na visão de Azevedo, uma boa política habitacional seria aproveitar dezenas de prédios vazios no centro da capital e, depois de um retrofit, trazer famílias que estão sem casa para morar neles, misturando as pessoas de classes sociais diferentes. Os galpões do Barro Preto, a sugestão do vereador é que sejam substituídos por arranha-céus.
Para Azevedo, O Plano Diretor aprovado na gestão do então prefeito Alexandre Kalil (PSD) prejudica o mercado imobiliário, apesar dele reconhecer que a proposta tem pontos positivos.
Para o presidente da Câmara de BH, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), o Plano Diretor aprovado na capital, ainda na gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil, tem pontos positivos, mas prejudica o mercado imobiliário. pic.twitter.com/4H34d97Yc8
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