De plumagem preta e porte médio, a ave Jacuaçu, mais conhecida como Jacu, nem sempre foi bem-vinda nas lavouras de café. Isso porque ela se alimenta dos grãos maduros, atrapalhando o rendimento da colheita. Mas de ameaça, a ave se tornou aliada e responsável pela produção de um dos cafés mais caros do Brasil, o Café do Jacu. 
No sítio Pico do Boné, em Araponga, na Zona da Mata Mineira, a presença de pássaros é motivo de satisfação para a cafeicultora Kátia Belo Martins. Isso sinaliza que já está na hora da colheita e vai haver uma boa quantidade de grãos do suave e exótico café do jacu. 
Kátia conta que ave era uma ameaça, mas mudou de ideia após conhecer a importância do pássaro como dispersor de sementes, o que contribui para a regeneração florestal, e também sobre o alto valor dos grãos que são retirados das fezes dele.