No outono, o vírus sincicial respiratório (VSR) se espalha com mais força e preocupa profissionais da saúde. Segundo a Dra. Caroline Máximo Batista, médica pediatra, as crianças mais vulneráveis são as menores de 6 meses, especialmente nos primeiros 3 meses de vida. Intensivista, a especialista que também coordena a UTI neonatal e pediátrica do hospital Neocenter Felício Rocho, destaca que a vacina para gestantes é uma grande aliada. “Quando a mãe é vacinada, o bebê recebe o estímulo para a produção de anticorpos que o protegem nos primeiros meses, com até 82% de eficácia contra formas graves da bronquiolite”, explica.
Essa vacina hoje só esta disponível em clínicas particulares - mas passa a ser ofertada pelo SUS a partir do segundo semestre, o que é uma conquista importante para famílias que não podem pagar os altos valores.
Além da vacina, o aleitamento materno ajuda a reduzir a gravidade das infecções respiratórias. Já o nirsevimabe, disponível na rede privada, é um anticorpo pronto, que confere proteção por cerca de cinco meses. “O problema é que nenhum desses métodos é definitivo, todos têm cobertura limitada”, ressalta a médica.
E como proteger os bebês no dia a dia? Não tem mágica: evitar aglomerações, reforçar a higiene das mãos e manter o ambiente ventilado continuam sendo fundamentais. “O vírus pode viver em superfícies e ser transmitido por adultos assintomáticos. Por isso, o cuidado precisa ser coletivo”, completa.