Durante o Interessa, a apresentadora do podcast, Renata Zacaroni compartilhou sua história de dependência da nicotina. Ela contou que começou a fumar aos 16 anos e, apenas recentemente, aos 37, conseguiu se livrar do cigarro. Ao ler a matéria sobre tabagismo publicada em https://otempo.com.br/interessa desta quinta (28), 'Zaca' ficou surpresa ao ver o termo “doença pediátrica” associado ao fumo - e se reconheceu na estatística que aponta que 90% dos fumantes iniciam antes dos 19 anos.

Renata chegou a mencionar o fumo como um “hábito”, mas foi corrigida pelo convidado do dia, o pneumologista Dr. Paulo Corrêa, que reforçou: “fumar não é hábito, é vício”. Essa dependência, segundo ele, está no mesmo patamar de substâncias como álcool, cocaína e heroína.

A apresentadora relatou, ainda, as dificuldades de acessar o tratamento pelo SUS, apesar de toda a propaganda que indica suporte gratuito. Sem recurso e sem suporte, muitos fumantes acabam sendo vistos como pessoas de “pouca força de vontade”, quando, na realidade, enfrentam uma dependência química profunda. “No meu caso, precisei investir em medicação e acompanhamento psiquiátrico. O dinheiro que antes ia para o cigarro, hoje vai para minha saúde”, disse.

Para ela, o tabagismo deve ser tratado como uma questão de saúde pública urgente. “É incoerente que a sociedade permita esse vício, trate como fraqueza moral e não ofereça ferramentas reais para quem quer parar”, concluiu.