Tem fases em que o sexo simplesmente desaparece da vida do casal - e a pergunta que surge é: e aí, qual o problema? “Depende da importância que você dá ao sexo na sua vida e na relação”, diz a psicóloga e especialista em sexologia Renata Lanza, convidada do Interessa Podcast desta sexta-feira (27). A âncora, Renata Zacaroni, acredita que manter uma frequência, mesmo que mínima, ajuda o casal a seguir conectado. Mas tudo depende da forma como cada um enxerga a própria sexualidade.

O problema começa quando, com o tempo, a conexão, o desejo e a intimidade somem e ninguém faz nada pra mudar. Segundo Lanza, retomar esse vínculo precisa ser um compromisso real, tão importante quanto buscar os filhos na escola ou cumprir uma entrega de trabalho. “Não dá pra esperar que o sexo volte por mágica. É preciso priorizar isso como parte da rotina do casal”, afirma.

Na bancada, ao lado das jornalistas Flaviane Paixão e Tatiana Lagoa, as meninas se lembraram ainda da fala recente da atriz Bárbara Colen, que participou do Interessa nesta mesma semana: “Estamos cuidando mal dos nossos vínculos”. E embora a falta de sexo não signifique automaticamente descuido, é fato que manter o desejo exige dedicação. Sexo dá trabalho e retomar o ritmo, mais ainda. Mas é possível, com intenção e presença.

Nem todo mundo sabe, mas muita gente só consegue se entregar ao sexo se houver intimidade. Por isso, tanta gente procura terapia quando o assunto é vida sexual em baixa. Lanza explica: “Desejo não é amor. São coisas diferentes e precisam ser entendidas como tal”. Para casais que querem resgatar essa parte da relação, a terapia sexual pode ser o caminho ideal para entender o que falta e como reencontrar.