Conviver com zumbido não deveria ser algo naturalizado. Embora comum, esse sintoma pode indicar problemas de audição ou outras condições de saúde. E mais: o zumbido é complexo. Pode ser subjetivo, quando só quem sente consegue ouvir, ou objetivo, audível também por outras pessoas - como em alguns casos de alterações na mandíbula.

Para quem enfrenta perda auditiva significativa, os aparelhos auditivos são uma alternativa essencial, mas ainda cercada de preconceitos. Muita gente resiste ao uso por medo do estigma. No entanto, os avanços são enormes: há diferentes tipos de dispositivos, como os aparelhos de amplificação sonora, implantes de vibração e o implante coclear, indicado para casos graves.

Luciana Rezende, jornalista que participou do Interessa nesta segunda-feira (30), compartilhou sua trajetória após perder a audição por causa de uma doença autoimune. Ela passou três meses completamente sem ouvir até receber um implante coclear e hoje recuperou 95% da audição. Mas, segundo o otorrinolaringologista, Eduardo Rossi, a escuta não depende só do ouvido, mas do cérebro. Por isso, quanto mais cedo a pessoa inicia o tratamento, melhores as chances de reativar a memória auditiva.

Desde 2023, inclusive, pessoas com surdez total em apenas um dos ouvidos já são oficialmente reconhecidas como PCD (pessoa com deficiência). E a tecnologia auditiva está aí para devolver qualidade de vida, conexão e autonomia.