Quando um filho diz "me dá um tempo" ou começa a criar suas próprias rotas, isso é motivo de orgulho, não de preocupação. Esse pedido por espaço é o reflexo de algo que foi plantado ao longo da infância, ainda que muitos pais não se deem conta disso. No Interessa de hoje, Lina Valléria nos convida a repensar a relação com os filhos e a entender que controle em excesso não educa. Só limita.
É comum que pais e mães evitem a frustração dos filhos, mas essa superproteção cobra um preço alto: jovens que, ao chegar à vida adulta, não sabem fazer escolhas básicas, justamente porque nunca tiveram espaço para errar ou decidir. Como esperar independência de alguém que nunca foi treinado para ela?
Lina defende que a educação para a autonomia começa cedo e tem efeitos visíveis na infância, na adolescência e, claro, na vida adulta. Crianças autoconfiantes tornam a convivência mais leve, segura e equilibrada. E essa mudança beneficia todos ao redor.
No fim das contas, o maior papel de um pai ou uma mãe não é evitar que o filho caia, mas garantir que ele saiba levantar.