No Interessa de hoje, a bancada recebeu o Dr. Bruno Brandão, médico psiquiatra, para discutir um tema que mexe com a forma como nos relacionamos com a comida: o comer performativo. Esse comportamento, que parece inocente ao transformar refeições em espetáculo para as redes, pode esconder riscos quando o desejo de pertencimento fala mais alto do que a autonomia e o prazer de comer.
Segundo o especialista, pertencer a um grupo é uma necessidade psicológica básica, mas não pode ferir outras igualmente importantes, como a autonomia e a competência. “Se eu odeio um prato e ainda assim registro e posto apenas para agradar, estou indo contra meus próprios valores, o que pode gerar sofrimento”, explicou.
O alerta vai além: quando a validação externa passa a ditar se a refeição foi “boa” ou “ruim”, perde-se a conexão com o que realmente importa - o sabor, a nutrição e o prazer de comer. As redes sociais, nesse contexto, funcionam como um amplificador, potencializando tanto a aceitação quanto a ansiedade que vem dela.
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