Habituada a abordar temas políticos, em 2024 a tradicional Banda Mole decidiu focar em um assunto que ultrapassa partidos e fala sobre sustentabilidade na avenida Afonso Pena no desfile deste sábado (03/02).
“A política ficou muito radicalizada, então resolvemos partir para outro canto”, explica um dos fundadores do grupo, Jacaré. Com 83 anos, ele tinha 35 quando a Banda Mole começou, em 1975, e elogia o que o Carnaval de BH se tornou desde então, com o novo boom de blocos de rua. "Quem tem que achar alguma coisa é a meninada. Se ela gosta, eu bato palma. Tem pluralidade de gostos musicais, funk, axé, samba”.
Neste ano, a rainha da Banda Mole, Laís Cruz, vestiu-se de vermelho, amarelo e laranja, como um por do sol. “Simboliza o aquecimento global”, diz. Ao seu lado, um homem fantasiado de robô com mais de dois metros de altura. “Meu segurança. A tecnologia e os robôs tomarão conta do mundo”, diz ela. O robô, conhecido em eventos como Roborracha, é Gerson Jaime. “As pessoas estão se transformando em robôs”.
Neste ano, dois jornalistas famosos pela pauta ambiental são homenageados na forma de bonecões no desfile da Banda Mole, André Trigueiro e Fernando Gabeira.
Além da própria Banda Mole, a festa deste sábado tem um palco dedicado a pagode e samba, e dois trios elétricos, um dedicado a funk e hip-hop e outro a axé, com música até as 22h.
As entradas são pela rua da Bahia, pela rua Guajajaras com Afonso Pena e pela avenida Álvares Cabral com Augusto de Lima. Para quem for de carro, o ponto indicado para descer, orientam os organizadores do evento, é na Álvares Cabral com Augusto de Lima. O trânsito está fechado na avenida Afonso Pena, entre Guajajaras e Tamoios, e na avenida Álvares Cabral, entre Afonso Pena e Goiás.