Após oito anos, frequentadores do Parque Municipal das Mangabeiras Maurício Campos - o Parque das Mangabeiras - podem voltar a visitar a Trilha 8. O local estava fechado para obras de revitalização e foi reaberto nesta terça-feira (12), voltando a receber ciclistas e também pedestres. O Lago dos Sonhos, um dos principais pontos da trilha, também passou por mudanças e já está à disposição do público. 

De acordo com a prefeitura de Belo Horizonte, a trilha tem 4,8 km de extensão e passou um dos principais atrativos do local. O espelho d’água passou por limpeza e desassoreamento, com retirada de resíduos, o que segundo a PBH foi o maior desafio para reabrir o ponto. 

“A gente teve um trabalho mais intenso, que foi a retirada de mais ou menos 50 caminhões de terra, que foi o principal desafio para que a gente conseguisse fazer a reabertura do local”, afirma o gerente do parque, Luciano Luchese.  

No entorno do Lago dos Sonhos foram instaladas mesas e cadeiras de convivência, além da implantação de pedras no entorno do espelho d’água. O local também teve mudanças paisagísticas, com novas plantas no entorno, e os banheiros foram reformados. 

“No caso do paisagismo, a gente optou por colocar para elevar ainda mais o local, e a questão da estrutura do lago é uma questão de segurança, é um lago que já tem mais de 42 anos de construção. A gente teve que fazer algumas recomposições para não ter risco de acidentes com os visitantes”, explica Luciano. 

Antes do fechamento, era costume dos frequentadores do parque nadar no Lago dos Sonhos. Com a reabertura, essa prática passa a ser proibida. De acordo com Luciano Luchese, é uma medida de segurança. “A gente tem uma parte do lago que é um pouco mais funda devido à queda da água, então se o acesso fosse liberado, o visitante teria o risco de se acidentar nesse local. Teríamos que ter um segurança para monitorar os banhistas e não temos esse contingente”, esclarece o gestor. 

Mais cuidado com a trilha 

Além do Lago dos Sonhos, a própria trilha também passou por algumas mudanças. A principal delas foi uma poda das árvores que ficam nas laterais do caminho. O procedimento foi necessário, segundo Leonardo Luchese, para facilitar a passagem tanto de veículos quanto de pedestres.

“Precisamos fazer este levantamento de copa, que é simplesmente podar uma vegetação que está baixa e obstrui a passagem”, detalha. 

Área de banho e mais revitalizações 

Bem ao lado do Lago dos Sonhos há uma outra espécie de queda d’água, onde as pessoas podem se banhar. Este local, conforme Luciano Luchese, também deve passar por revitalização, para se tornar um local de convivência ainda melhor.  

“Temos a expectativa de instalar novos bancos de convivência, fazer algumas escadas para melhorar o acesso. Nos próximos meses a gente vai ter essa conclusão. Neste local o banho está liberado”, projeta Luchese, sem dar um prazo exato para início e conclusão dos trabalhos. 

Segundo a prefeitura de Belo Horizonte, um ônibus que circula dentro do parque vai ter o itinerário atualizado para passar por dentro da trilha, para ajudar os visitantes a chegaram ao Lago dos sonhos com mais facilidade. A entrada mais próxima do lago é pela rua Caraça, número 900, pelo bairro Serra.

Opinião do público 

Logo que ficou sabendo que a Trilha 8 seria reaberta, a empresária Maria Luiza Marques, de 51 anos, correu para lá com as duas filhas e o marido. A mulher admite que estava com saudades do local, onde sempre foi com o pai nos tempos de criança.

“Aqui me dá ótimas recordações. Eu vi no Instagram que a abertura ia ser hoje e trouxe a minha família, as minhas meninas. A gente convive muito aqui no parque, somos escoteiras aqui. Todo sábado a gente está aqui e é uma felicidade ver o local aberto”, comemora a mulher, que aprova as mudanças feitas, principalmente no Lago dos Sonhos.

“Está tudo diferente. Eu acho está mais limpo, a gente está vendo peixes na água, eu acredito que naquela época não tinha, tinha muito lixo. Também colocaram mesas novas, arrumaram o banheiro também. Ficou ótimo”, elogia.

O aposentado Marcos Roberto Lopes Santos, de 56 anos, mora na região e gosta de fazer trilhas de bicicleta por dentro do parque. Ele comemora a reabertura do local, já que terá um novo espaço para pedalar.

“O parque é um local muito bom pedalar, muito arborizado, muito tranquilo, mas dava vontade de ir lá. Uma trilha nova, um percurso novo, diferente, para a gente sair da mesmice, então a gente ficava ansioso para reabrir”, afirma.

Marcos foi à trilha apenas uma vez e, apesar de o local não ter passado por tantos procedimentos, ele reparou algumas diferenças. “Eu observei uma limpeza, antes havia lixo, um depósito de mato, folha, galhas, que foi totalmente retirado. Até mesmo o piso da trilha está limpo”, observa.