Uma área de água equivalente a 25 piscinas olímpicas. Esse é o volume que a Lagoa do Nado armazenava até o rompimento da represa nessa quarta-feira (13), durante o forte temporal que atingiu Belo Horizonte. A prefeitura ainda contabiliza os estragos no parque, que segue fechado por tempo indeterminado.

O impacto para a fauna também não foi mensurado ainda. Nas águas, viviam peixes e cágados. Conforme a prefeitura, os animais que estão sendo encontrados vivos estão sendo capturados para, posteriormente, serem transferidos para outras represas.

A lagoa, cujo volume aproximado era estimado em 63 milhões de litros antes o rompimento, é formada pelo represamento de três nascentes. O córrego do Nado é um afluente do córrego Vilarinho, que deságua no ribeirão do Onça e se une ao Rio das Velhas.

Em todo o parque, que possui 311 mil metros quadrados, também há aves, como pica-pau, biguá, coruja, frango-d'água, anu, alma-de-gato e trinca-ferro, além de mamíferos, como mico-estrela, gambá, esquilo-caxinguelê, tatu e morcego, e também lagartos.

Segundo o presidente da Fundação Municipal de Parques e Zoobotânica de Belo Horizonte, Gelson Leite, os trabalhos iniciais de mapeamento da área afetada não identificaram impactos para outros animais além dos peixes e dos cágados.

Sobre o parque

A represa, com uma área aproximada de 22 mil metros quadrados, está dentro do Parque Municipal da Fazenda da Lagoa do Nado, localizado entre os bairros Planalto, na região Norte de Belo Horizonte, e Itapoã, na região da Pampulha.

Com uma área de 311 mil metros quadrados, o parque foi implementado em 1994. Ele possui uma infraestrutura composta por biblioteca, quadras poliesportivas, pistas de skate, campo de futebol e pistas para caminhada.

A vegetação é composta por espécies do cerrado e por uma mata ciliar que circunda a represa.