Mais de 70 milímetros de chuva em cerca de uma hora no vetor norte de Belo Horizonte. Esse é o balanço do volume de chuva registrado durante o temporal desta quarta-feira (13 de novembro), conforme a Defesa Civil. As precipitações provocaram alagamentos, o rompimento da barragem de água do Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado e deixaram pessoas ilhadas.

Em coletiva, a prefeitura classificou o episódio como um “evento climático extremo” e o comparou com a “chuva de mil anos” — nome dado ao fenômeno que devastou a cidade em 20 de janeiro de 2020. O volume registrado nesta quarta é inferior ao evento anterior. Na ocasião, o então prefeito Alexandre Kalil anunciou que choveu 102 milímetros em 40 minutos.

“Observamos um evento climático extremo, comparável ao que ocorreu em 2020”, afirmou o secretário de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte, Leandro César Pereira. Apesar disso, o gestor afirma que a cidade “resistiu bem” ao temporal.

“Obviamente, toda infraestrutura tem seu limite. Nosso principal objetivo foi cumprido: não tivemos vítimas. É para isso que as obras se prestam”, disse o secretário em referência às intervenções promovidas pelo Executivo ao longo dos últimos anos.

O coronel Valdir Figueiredo, subsecretário de Proteção e Defesa Civil, acrescenta que as equipes da prefeitura acompanhavam o fenômeno climático, que se intensificou ao passar pelo vetor norte. Como exemplo, o gestor cita que o esperado era um volume de chuva entre 40 e 60 milímetros ao longo do dia. “O acumulado diário superou 100 mm”, diz.

“Tivemos vários pontos de impacto na cidade, alagamentos e inundações. Felizmente, não tivemos registro de vítimas e pessoas arrastadas. A cidade se mostrou resiliente porque, mesmo com os eventos, conseguiu retomar o nível de normalidade em poucas horas após esse evento extremo”, conclui.