Celebrado tradicionalmente em 2 de novembro, neste sábado, o Dia de Finados atraiu milhares de visitantes aos cemitérios municipais e particulares da capital mineira. Na data, entes queridos que já faleceram foram relembrados por meio de missas, cultos e outras celebrações em igrejas, centros e necrópoles da capital mineira.
"É uma data assim que relembra muito, que dá muita saudade. Uma data triste, mas, ao mesmo tempo, feliz, porque a gente sabe que a gente fez o que pôde fazer para os nossos entes queridos. É emoção, é saudade, alegria. Eu sinto uma paz no coração", relatou o técnico de contabilidade Wederson da Silva Galdino, de 56 anos, que visitou o túmulo da mãe e do cunhado no Cemitério da Paz, na região Noroeste de Belo Horizonte.
A aposentada Alaíde Ataíde, de 81 anos, também esteve no cemitério municipal nesta manhã, acompanhada pelas filhas. "Estamos aqui hoje para fazer uma homenagem aos falecidos. Meu marido está aqui sepultado, meu sogro também. Acho que é muito bom que a gente faça uma homenagem para essas pessoas", relatou à reportagem de O TEMPO. "É melhor vir em família, em conjunto, porque um apoia o outro", acrescentou.
Já no Cemitério do Bonfim, o mais antigo de Belo Horizonte, a doméstica Rute Dias Pereira, de 60 anos, destacou a importância das visitas no Dia de Finados. "É o último lugar que a gente coloca as pessoas, né? Então, vir é uma maneira de lembrar, de homenagear, demonstrar que a gente sente saudades, que faz falta. Para mim é isso. Eu venho todo ano que eu posso, quase todos os anos, mas a gente lembra todos os dias", afirmou.
Também na necrópole localizada no bairro Bonfim, a reportagem de O TEMPO encontrou Maria Alexandrina Nepomuceno, de 83 anos, visitando e realizando a limpeza do túmulo do irmão, morto há mais de 30 anos. "Eu acho importante visitar. A vida inteira eu vim, eu e minha irmã, e agora ela já está aqui também. Vou visitar o (túmulo dela)", relatou enquanto reorganizava um buquê de flores para deixar no túmulo dos pais e da irmã. "A gente já reza todo dia mesmo. Eu tenho hábito de rezar por eles (que já morreram) e pelos vivos. Falo os nomes de todas as famílias", contou a professora aposentada.
Funcionamento dos principais cemitérios
Os quatro cemitérios municipais da capital mineira, da Saudade, Paz, Bonfim e Consolação foram preparados para um maior fluxo de pessoas. A Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica desenvolveu um planejamento especial com o apoio da Guarda Municipal de BH, Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), BHTrans, Fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte e do Centro Integrado de Operações da Prefeitura (COP-BH).
Os cemitérios coordenados pela prefeitura funcionam entre as 7h e 17h30 para visitações, com sinalizações e mapas disponíveis para orientar a localização de túmulos. Ainda, eles contam com reforço de funcionários para atendimento ao público, incluindo esclarecimentos quanto a pendências ou regularização de jazigos.
O cemitério Bosque da Esperança, na região Norte de Belo Horizonte, contou também com uma programação especial para o Dia de Finados para receber cerca de 20 mil visitantes entre as 8h e 18h. Além da tradicional chuva de pétalas com sobrevoo de helicóptero, a necrópole promoveu palestras sobre luto, oficinas infantis e apresentação musical com a Orquestra da Escola Criarte.