A empresa Ribeiro Turismo, responsável pelos ônibus envolvidos na emboscada de integrantes da Mancha Alvi Verde que terminou com um membro da Máfia Azul morto, na última semana, em São Paulo, está fazendo uma vakinha para comprar novos veículos. A ação está sendo divulgada nas redes sociais e tem recebido o apoio de torcedores do Cruzeiro. 

De acordo com a empresa, o seguro pago para os ônibus possui cobertura apenas para outros veículos em eventuais acidentes e aos passageiros, sem possibilidade de auxílio aos impactos causados pela ação criminosa. “Hoje, a Ribeiro Turismo está com suas atividades comprometidas devido à destruição de parte da sua frota, e enfrenta este grande desafio para seguir em frente’, diz o texto publicado no site Vakinha.com. 

Conforme a empresa, todos os valores arrecadados serão destinados para recompor a frota e ao suporte necessário “para que a Ribeiro Turismo possa voltar a operar em plenitude”. “Qualquer ajuda, seja ela grande ou pequena, fará uma grande diferença. E, se não puder colaborar financeiramente, compartilhe esta mensagem com sua rede de contatos”, complementa o texto da empresa. 

Até a publicação desta matéria, a arrecadação já havia somado quase R$ 7,5 mil. Quem desejar contribuir pode acessar o site da Vakinha

Emboscada 

A emboscada, em 27 de outubro, terminou com a morte de José Victor Miranda, de 30 anos. Ele integrava um grupo da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, de Sete Lagoas, região Central de Minas Gerais. Miranda chegou a ser internado no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, em estado gravíssimo em decorrência de ferimentos de queimaduras e não resistiu. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atendeu a ocorrência no dia, foi ateado fogo em um dos ônibus dos cruzeirenses.

Ao todo, foram contabilizados 17 feridos. Dois torcedores do Cruzeiro continuam internados. Um deles, no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã. Ele tem quadro estável e aguarda por cirurgia na Santa Casa de São Paulo. Ainda há um paciente na unidade estadual, em estado grave.

O caso é entendido como uma "cobrança" dos palmeirenses por uma ação de torcedores do Cruzeiro contra integrantes da Mancha Alvi Verde em 2022, também na Fernão Dias. Na época, Jorge Luís Sampaio Santos teve sua carteirinha de sócio, documentos e cartões de créditos arrancados dos rivais durante o confronto, além de ter sido espancado e ter vídeos expostos nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos a tiros.

A Mancha Alvi Verde negou envolvimento no crime, mas está proibida de entrar em estádios de São Paulo desde a última quarta-feira. A Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou a recomendação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Nesta sexta-feira, um integrante da organizada palmeirense foi preso

(Com informações de Estadão Conteúdo)