Após o acidente causado por Alexsandro Felipe Domingues, de 50 anos, nessa terça-feira (17 de dezembro), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou o aumento da pena dele em outro processo, de 2021. Na ocasião, duas pessoas — um homem de 65 anos e a neta dele, de 14 — morreram carbonizadas. 

Pela morte de avô e neta, Alexsandro foi condenado, em primeira instância, na segunda-feira (16 de dezembro), a 7 anos de cadeia, além de serviços comunitários e pagamento em dinheiro. O MPMG, que já havia recorrido da condenação, na tarde desta quarta-feira, cita o novo acidente para pedir um aumento da penalidade.  

A condenação havia determinado, ainda, a suspensão de habilitação do homem pelo período de 10 meses. A pena de prisão, porém, conforme a decisão, poderia ser cumprida em regime semiaberto após o trânsito em julgado. 

Além do aumento da pena, que será apreciado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu a prisão preventiva do motorista pelo processo de 2021.

Há similaridades nas duas ocorrências — o acidente de 2021 e o dessa terça-feira —, conforme a Polícia Militar e o MPMG. Nas duas ocasiões, ele estaria embriagado e dirigia um veículo de luxo da montadora Mercedes Benz. O acidente dessa terça-feira envolveu outros oito carros, que estavam estacionados na via. Ninguém ficou ferido. 

Reincidência

Conforme a Polícia Militar, o homem tem outras passagens, além dos dois acidentes, por dirigir embriagado. Após apreenderem o veículo e aplicarem as multas no suspeito, a PM verificou que ele já foi preso três vezes por conduzir embriagado e uma vez por direção perigosa. Além disso, ele estava com o direito de dirigir suspenso.

O acidente que causou a morte de avô e nega ocorreu em 15 de janeiro de 2021. Na ocasião, ele bateu o carro na avenida Presidente Carlos Luz. Com a carteira vencida desde 2015 e com sintomas de embriaguez, ele atingiu uma Parati onde estava uma família: o motorista, de 65 anos, a filha dele, de 33, e os dois filhos dela, uma adolescente de 14 anos e um garoto de 10. 

Após o impacto, o carro da família capotou e foi lançado contra uma árvore do canteiro central, se incendiando e causando a morte do idoso e da neta carbonizados. Na época, o motorista, que apresentou 0,76 mg/l no bafômetro, alegou que foi atingido por outro carro, que não foi localizado.