A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) afirmou na manhã desta quinta-feira (16 de maio) que vai abrir um processo administrativo para apurar o caso da servidora pública de 51 anos flagrada, em vídeo, chamando um homem de "bichinha". O caso aconteceu durante uma discussão por uma vaga de estacionamento na região hospitalar de Belo Horizonte, na tarde da última terça-feira (14 de maio).
Segundo a Fhemig, o processo será aberto para apurar o caso e definir quais as medidas legais cabíveis devem ser tomadas. No comunicado, a fundação também disse repudiar qualquer tipo de discriminação.
O caso repercutiu na última terça-feira (14) após a vítima denunciar o caso à polícia e compartilhar um vídeo nas redes sociais. Em entrevista a reportagem de O TEMPO, o pesquisador Pedro Henrique Vilar, de 30 anos, contou que levava a sogra para uma consulta e, ao avistar uma pessoa que saía de carro, conversou com a outra motorista que disse que ele poderia parar ali, que só precisava que ele desse uma ré para ela conseguir deixar a vaga.
"Quando eu comecei a estacionar meu carro, veio essa senhora e estacionou o carro dela. Eu buzinei e ela fez o gesto com a mão de 'dane-se'. E aí eu saí do carro e fui falar com ela. Ela abriu o vidro e falou: 'O que que foi folgado? Aqui não tem vez, peguei e parei mesmo'. Eu respondi que era muito abusada e mal educada, e a partir daí começaram as ofensas. Me chamou de 'bicha louca', 'bicha folgada'", detalhou o homem.
A mulher que aparece nas filmagens é uma servidora pública lotada na Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), com o cargo efetivo de "analista de gestão e assistência à saúde". Ela é lotada no Hospital Maria Amélia Lins, que fica na rua dos Otoni, mesma via onde as ofensas ocorreram.
A vítima acionou uma viatura da Polícia Militar (PM), que compareceu até o local. Porém, antes da chegada da viatura, a suspeita abandonou o carro estacionado na via e fugiu do local. Entretanto, como a mulher deixou o carro estacionado, ela foi identificada e arrolada como autora no registro policial. A Polícia Civil (PCMG) instaurou inquérito para apurar o caso.