As obras da Prefeitura de Belo Horizonte na avenida Bernardo Monteiro, entre as avenidas Brasil e Professor Alfredo Balena, na região Centro-Sul da capital mineira, têm novo prazo para conclusão: abril de 2025. A primeira previsão era de que a finalização ocorresse ainda no primeiro semestre deste ano.

De acordo com Daniel Toscano, diretor de edificações da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), o cronograma inicial levava em conta o fechamento de todos os quarteirões que envolvem as obras. No entanto, o impacto no trânsito foi avaliado, e foi necessário diminuir o ritmo e realizar a obra por trechos. “Estamos fazendo o primeiro trecho, depois o segundo, terceiro, para não trazer muitos impactos ao entorno”, diz ele.

As obras na avenida Bernardo Monteiro tiveram início em abril deste ano e estão orçadas em R$ 2,4 milhões. Segundo a PBH, as melhorias preveem “novos pisos, jardins e paisagismo, irrigação, iluminação, placas de identificação de árvores e informativas, toldos de sombreamento, bancos, lixeiras, câmeras de segurança, pavimento elevado nas interseções, dentre outras”.

As intervenções fazem parte do Programa de Requalificação do Centro de Belo Horizonte, o Centro de Todo Mundo, lançado em março de 2023 pelo prefeito Fuad Noman (PSD). Entre os objetivos do programa, segundo a PBH, está o de qualificar a região central da cidade, aumentando as oportunidades de moradia, trabalho e lazer.

Toscano afirma que as obras estão alicerçadas nos princípios da sustentabilidade, integrando todas as pessoas para uma melhor utilização do espaço. “A própria população vai usar esse espaço para um local de lazer e convivência”, diz ele. 

Ficus

Com as obras, três árvores serão suprimidas, sendo dois ficus e uma jurubeba. Segundo a PBH, as plantas estão adoecidas, com presença de fungos, lesões, entre outros, oferecendo riscos para a sociedade, como o de quedas. 

Inicialmente, seis ficus seriam suprimidos, mas conforme alinhamento com o movimento “Fica Ficus” haverá uma análise técnica suplementar para acompanhamento  das árvores, o que não exclui a possibilidade de elas serem cortadas posteriormente. 

A PBH afirma que, apesar da supressão, vinte e nove árvores serão plantadas no local, sendo elas de duas espécies: jacarandá paulista e jequitibá branco. 

“A ideia é aumentar a biodiversidade nesse espaço, para evitar que a mosca branca se prolifere novamente. A gente faz o monitoramento de todas essas árvores, e serão colocadas novas árvores monumentais”, diz o diretor de gestão ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Daniel Amaral.