O terremoto registrado em Frutal, no Triângulo Mineiro, nesta terça-feira (18 de junho), tem sido o assunto principal na cidade, conforme relatos de moradores. No começo, foi o susto, apesar de rápido. Agora, são as histórias. Nas ruas, nos supermercados, nas lojas, o tremor ainda está em alta. Até mesmo quem não estava na cidade no momento tem vários relatos para contar.

“É aquele susto rápido, sabe? Nem deu tempo de pensar muito, mas deu tempo de ficar com medo. A gente sente tremer e não sabe o que está acontecendo. Na hora não pensei que fosse um terremoto, mas algum caminhão desgovernado vindo em direção à minha casa, ou um avião caindo. Não sei porque pensei isso”, relata o atendente Tiago Oliveira, de 32 anos.

A fiscal de loja Liliane Mendes, de 21 anos, também conta que foi tudo muito rápido. “Ouvi casos até de paredes rachadas, mas não vi. Senti o chão tremer, e assustou um pouco, já que não estamos acostumados a esse tipo de coisa”, afirma ela.

Caira Fonseca, de 21 anos, técnica de enfermagem, relata que ainda não tinha chegado na cidade para trabalhar, mas que ouviu diversos relatos ao longo do dia. “Falaram que as janelas, portas, estruturas da casa tremeram bastante”, diz. De acordo com a fiscal de caixa Isabela Pereira, de 34 anos, o terremoto está repercutindo bastante na cidade. “Todo mundo comenta”, diz.

Entenda

Dois tremores de terra foram registrados no município de Frutal, nesta terça-feira (18 de junho), de acordo com o Observatório Sismológico da Universidade Federal de Brasília. Um dos abalos sísmicos chegou à magnitude 4,1. O tremor foi registrado por volta de 10h08. Instantes depois, às 10h19, um novo abalo foi registrado, dessa vez de magnitude 3.3. 

De acordo com a Rede Sismográfica Brasileira, terremotos de baixa magnitude são comuns no Brasil. "Em geral, esses pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre", explica.

Com Raissa Oliveira