Um homem de 60 anos foi preso suspeito de violentar sexualmente duas crianças de 5 e 7 anos. A detenção ocorreu no bairro Vila Cemig, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi repassada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na tarde desta quarta-feira (31 de julho). As supostas vítimas estudam em uma unidade particular de ensino integral — conhecida como hotelzinho. A investigação teve início em junho, quando uma das crianças revelou à mãe que um idoso — conhecido na escolinha como "vovô" — tocava em suas partes íntimas. Ela procurou a polícia.

Durante a apuração, outra vítima foi identificada. Neste caso, o suspeito havia levado outra menina para um quarto, localizado na creche. No local, o idoso teria colocado a língua nas partes íntimas da criança e lhe oferecido um chocolate.

De acordo com a instituição, o homem não atuava na escola. No entanto, ele tinha acesso às crianças por morar no mesmo terreno da unidade de ensino com a esposa, que é  proprietária da creche. A mulher pode responder pelo crime de negligência, uma vez que não ofereceu segurança necessária para a preservação física e psicológica dos estudantes.

Fotos das crianças no celular do idoso

De acordo com a Polícia Civil, no aparelho celular do idoso havia fotos das partes íntimas das meninas abusadas. As imagens também estavam armazenadas em um pendrive que pertencia ao suspeito. O idoso negou os abusos, contudo, foi preso temporariamente por estupro de vulnerável e por retirar e guardar fotos infantis em poses pornográficas. A pena pode chegar a 25 anos de reclusão. Ele não tinha passagens pelo sistema prisional.

"Foi constatado que o idoso, mesmo sem trabalhar no hotelzinho, tinha acesso às crianças por morar no mesmo terreno junto com a esposa, que é a dona do espaço. A mulher vai responder por negligência por não garantir a segurança necessária para as crianças. Nós também contactamos a Prefeitura de Betim e Ministério Público para saber se o local possuía liberação para funcionar. Fomos informados que o hotelzinho em questão não segue necessariamente nenhuma legislação específica, por isso, o local segue aberto", detalhou a delegada Karla Moreira.

O nome do hotelzinho não foi repassado pela PCMG.