Após oito dias internada no Hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte, a adolescente Mariana Cordeiro Fonseca, de 15 anos, atropelada por um motorista que fugiu do local, está precisando de doações de sangue. Em entrevista a O TEMPO, nesta quarta-feira (21 de agosto), Karine Cordeiro, de 27, irmã da garota, disse que o quadro dela ainda é grave. "Ela está estável, mas ainda é grave pois ela teve várias fraturas né. Quebrou o fêmur, bacia, traumatismo craniano, e algumas outras", diz, com dificuldade para falar sobre assunto, a mulher. 

O atropelamento aconteceu no último dia 13 de agosto na rua Felipe Drumond, no bairro Lajedo, na região Norte da capital mineira. Segundo a Polícia Militar (PM), testemunhas relataram que a adolescente estava a pé quando foi atingida por Voyage prata. O carro, que seguia em alta velocidade em direção à rua Lúcio Cardoso, perdeu o controle após passar em um quebra-molas. 

Segundo Karine, no dia Mariana perdeu muito sangue e, por isso, precisou de algumas bolsas de sangue. "Como é uma recuperação muito lenta, ela vai precisar de diversas cirurgias e vai precisar de mais sangue. Por isso estamos pedindo ajuda para compartilhar e as pessoas poderem procurar o Hemominas e dar o nome dela", clama.

A irmã da adolescente conta que ela está consciente, porém, não consegue falar ainda, uma vez que está com uma traqueostomia. "Mas ela entende tudo que a gente fala, está um pouco confusa, pois não sabe o porquê de estar no hospital, ela não lembra. Ela entende que está se recuperando, mas fica nervosa, agitada, quando não entendemos o que ela quer dizer e quando está com muita dor", conta, emocionada, Karine. 

Para doar sangue, basta procurar o Hemominas e agendar um horário. Todos os tipos sanguíneos são necessários. Mais informações sobre o agendamento podem ser obtidas nos telefones (31) 3768-4515 e 4516, ou no site da fundação

O acidente

No dia do acidente, testemunhas relataram que três pessoas estavam no automóvel, mas ninguém parou para prestar socorro, não sendo possível identificar a placa do carro. De acordo com a PM, cerca de duas horas após o acidente, o motorista, de 22 anos, foi ao 13º Batalhão, no bairro Planalto, também na região Norte, e assumiu o atropelamento.

Segundo os militares, ele contou que perdeu o controle do veículo ao passar pelo quebra-molas e temeu parar no local e ser agredido, mas disse que procurou a unidade para prestar esclarecimentos após se acalmar. O condutor passou por teste do bafômetro, que deu resultado negativo. 

Procurada nesta quarta, a Polícia Civil informou que o crime foi registrado como "lesão corporal culposa", que, a princípio, se trata de crime de "ação penal privada", que é condicionada à representação criminal da vítima, que deverá procurar a delegacia para que seja instaurado um inquérito policial. 

"Nesse sentido, a Polícia Civil esclarece que a cidadã lesada deve procurar a Divisão Especializada de Prevenção e Investigação de Crimes de Trânsito - DEICTRAN, situada à rua Sergipe, 57, Boa Viagem, em Belo Horizonte, para propor a devida representação", concluiu.