O marido de Magna Laurinda Ferreira Pimentel, assassinada aos 42 anos após ser vítima de uma emboscada, revelou que a filha de 3 anos do casal também poderia ter sido morta. Isso porque os planos iniciais eram de que a mulher fosse para a casa do pai, local do assassinato, na quinta-feira (22 de agosto), dia anterior ao crime, acompanhada da filha. No entanto, por causa do trabalho, ela foi na tarde de sexta-feira (23), após deixar a menina na escola.
“Iriam matar minha filha”, contou Thiago, que procurou as autoridades para denunciar o desaparecimento da mulher na sexta-feira (23), após Magna não aparecer para buscar a menina na escola. “Ela só não foi na quinta-feira pela manhã por causa do trabalho. Como não teria lugar para deixá-la, nossa filha iria com ela [para o local do crime]”, contou.
O assassinato de Magna só foi descoberto nessa terça-feira (27 de agosto). A vítima foi golpeada e assassinada, segundo informações da Polícia Civil. Depois, o corpo foi jogado em uma cisterna com profundidade de 8 metros e concretado. Cinco pessoas foram presas: a madrasta de Magna (apontada como mandante) e outros filhos da suspeita — dois homens e duas mulheres.
Desde o desaparecimento, segundo Thiago, a filha tem perguntado sobre a mãe. “Ela chama por ela o dia todo. Uma hora vai apertar e não vai ter como desviar [do assunto sobre a morte]”, desabafa o homem, que se diz surpreso com tamanha barbaridade.
Segundo Thiago, o homem de 35 anos, filho da madrasta de Magna, que seria o autor do assassinato, chegou a cumprimentá-lo no sábado (23), dia seguinte ao crime, enquanto ele procurava pela esposa. “Pegou na minha mão e conversou comigo”, diz citando "frieza" dos envolvidos no assassinato.
Emboscada
Conforme a Polícia Civil, Magna foi até o imóvel do pai, de 74 anos, que tem demência, atraída por um dos familiares. Na ocasião, seria tratado o ressarcimento de um empréstimo no valor de R$ 40 mil, feito em nome do idoso. Contudo, o convite seria uma emboscada arquitetada pela madrasta da vítima, de 54 anos, para matá-la. Na casa, também estavam os filhos da madrasta da vítima — de 19, 25, 26 e 35 anos, que auxiliaram no assassinato.
Conforme a Polícia Civil, após uma discussão calorosa, o filho mais velho da mulher golpeou Magna no pescoço com diversas facadas. A mulher também recebeu golpes nas costas, feitos provavelmente com o uso de uma machadinha. Na sequência, o corpo da vítima foi desovado numa cisterna, localizada nos fundos do imóvel. Com o corpo da mulher no interior da cisterna, o espaço foi selado com argamassa.