A visita da ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, é estratégica para o município. Ao percorrer as alas de internação do Complexo Hospitalar de Contagem, nesta sexta-feira (10 de janeiro), a expectativa da prefeitura é de que Nísia conheça onde poderá investir cerca de R$ 7 milhões neste ano. Segundo a prefeita Marília Campos (PT), a verba permitiria uma reforma na unidade de atendimento, com a ampliação de 30 leitos de enfermaria para cuidados prolongados. Outra prioridade em negociação com o Ministério da Saúde (MS) é a distribuição de vacinas contra a dengue após um ano epidêmico da doença. 

“É importante que o Ministério da Saúde tome conhecimento do que acontece nas cidades. Em Contagem, o Complexo Hospitalar comporta o único hospital do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo o Centro Materno Infantil. Ainda estão faltando recursos para reforma na unidade de atendimento, o que irá permitir 30 novos leitos de enfermaria”, apresenta Marília Campos. De acordo com ela, a verba de R$ 7 milhões é o deliberado para aquisição de equipamentos e ampliação das alas de internação para cuidados prolongados. “Para melhorar o acesso e a qualidade do atendimento ao paciente”, continua. A proposta ainda será analisada pelo MS. 

Mesmo com o avanço do atendimento do Complexo Hospitalar, uma das dificuldades do município é a falta de médicos especialistas, conforme a prefeita. Problema que é alvo do Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), do Ministério da Saúde. 

“Contagem precisa de mais médicos especializados. Enfrentamos uma fila para cirurgias e procedimentos. Atendimentos que compramos do mercado, já que o SUS não dá conta de ofertar. Por isso, contamos com o apoio do governo federal para isso. Em março, iniciaremos mutirões de cirurgias para avançar com essa fila, como com mamografias e procedimentos de câncer de colo de útero”, acrescentou. 

A fila de consultas especializadas em Contagem tem, atualmente, 30 mil pessoas.

Dengue é prioridade em 2025 para município e país 

Após o ano da maior epidemia de dengue do Estado de Minas Gerais, está na pauta do encontro com a ministra Nísia Trindade a distribuição de vacinas contra a dengue e iniciativas de controle do mosquito Aedes Aegypti. A expectativa é que o MS apresente um plano de ação para enfrentamento às arboviroses. 

“Para não termos o adoecimento que tivemos no ano passado, precisamos de vacina. Nós vamos reivindicar e nos informar sobre essa perspectiva da vacina. E esperamos financiamento do Ministério da Saúde na assistência de maior qualidade aos infectados”, afirma Marília Campos.