Moradores do bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Horizonte, se mobilizam para ajudar uma cadela da raça pitbull que está presa em um lote vago do bairro. A vizinhança local denuncia que o animal foi abandonado no terreno, que está com portões fechados, impossibilitando que a cadela saia do local. Também segundo frequentadores do bairro, nenhum responsável pelo lote aparece no bairro para cuidar dela.
A situação teria começado em novembro, quando pessoas que estariam utilizando o terreno para realizar serviços de lanternagem e pintura de carros, teriam deixado o local sem explicação. Desde então, a única sobrevida do animal tem sido a mobilização dos vizinhos para mantê-la alimentada e hidratada.
“O lote é cercado, tem muro, tem portão alto. A forma que conseguimos para não deixá-la morrer de fome é passar comida e água para ela por debaixo do portão”, conta o cuidador de idosos Fabiano Barbosa Rodrigues, de 40 anos, morador da rua onde fica a cadela.
Outra residente do bairro, em anonimato, aponta que a cadela vive em condições precárias, pelo fato de o terreno não receber nenhum cuidado desde que foi fechado. O fato de o lote não ter nenhum lugar para o animal se proteger é um agravante.
“Ela fica no sol, a mercê do ambiente, porque ela fica muito aqui na porta à espera de alguém colocar alguma comida para ela. E dentro do lote não tem nenhuma proteção para ela, a não ser mato, tem muito mato lá dentro. É uma situação precária, de maus-tratos”, relata.
O morador Fabiano Barbosa Rodrigues teme pelo bem-estar do animal e fica indignado com a falta de solução. Ele denunciou o caso à Polícia Civil de Minas Gerais, mas afirma não ter recebido retorno até o momento.
“Eu acredito que ela esteja magra, abaixo do peso, certeza. Com o sol quente desses e a cadela o dia inteiro lá... Dá um sentimento de indignação, primeiro por um ser humano deixar um cachorro em uma situação dessas. E também contra o poder público. Na hora de cobrar, eles cobram e se você atrasar um dia, você paga multa, paga juros. Mas na hora em que a gente exige alguns serviços, eles não vêm fazer”, desabafa.
Posicionamento da Polícia Civil
Procurada por O TEMPO, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que investiga a situação. Até o momento, porém, não houve nenhuma prisão. “Oportunamente, outras informações poderão ser divulgadas”, disse a instituição em nota.
Veja o posicionamento completo da Polícia Civil de Minas Gerais
"A PCMG apura a denúncia de maus tratos a animais no bairro Cachoeirinha, em BH, registrada em 2/1/2025. Até o momento, não houve prisões. Oportunamente, outras informações poderão ser divulgadas".