O motorista do caminhão, de 49 anos, envolvido no grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, assumiu a responsabilidade pelas mortes causadas ao dirigir sob efeito de diversos entorpecentes, em alta velocidade e com carga acima do limite. Essa é a avaliação da chefe da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), delegada-geral Letícia Gamboge, em declaração feita nesta terça-feira (21 de janeiro). O caminhoneiro foi preso preventivamente em Barra de São Francisco, no Espírito Santo, um mês após a tragédia.

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"O infrator consumiu álcool, cocaína e ecstasy, conduziu a carreta a uma velocidade superior à permitida e transportou blocos de granito com peso acima do limite estabelecido pela legislação. Isso resultou no desprendimento de um bloco, causando a colisão com o ônibus e vitimando 39 pessoas às vésperas do Natal", afirmou Gamboge.

De fato, o caminhão conduzido pelo suspeito transportava um bloco de granito que se desprendeu e colidiu contra o ônibus, que levava 45 passageiros. No total, 39 pessoas morreram. Além do cumprimento do mandado de prisão preventiva, a Polícia Civil também executou ordens de busca e apreensão. "Para apuração deste fato e para que a Justiça seja efetivamente aplicada em Minas", concluiu a chefe da instituição.

O governador Romeu Zema (Novo) cravou que a responsabilização sobre a tragédia é prioridade no Estado. "Não quero impunidade aqui em Minas Gerais. Quem fez algo grave, que seja responsabilizado e pague por isso", acrescentou. 

Veja o vídeo do posicionamento de Zema e Gamboge: 

O governador Romeu Zema (Novo) e a chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Letícia Gamboge, detalham a prisão do motorista da carreta envolvida no acidente da BR-116, em dezembro. pic.twitter.com/5n9UU1ygQc

— O Tempo (@otempo) January 21, 2025

Entenda como foi o acidente

Um grave acidente envolvendo um ônibus de viagem interestadual, uma carreta e um carro mobilizou as forças de segurança no dia 21 de dezembro, na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. O coletivo, que levava 45 passageiros, e pegou fogo após a batida. A tragédia causou a interdição da rodovia federal. Ao todo, 39 pessoas morreram e outras nove ficaram feridas. 

O coletivo seguia de São Paulo com destino à Bahia. Entre as vítimas, há moradores dos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Paraíba. Outras seis pessoas que estavam no ônibus sobreviveram. Três pessoas que viajavam no carro tiveram ferimentos leves. O motorista da carreta fugiu sem prestar socorro.