Moradores e comerciantes da rua São Judas Tadeu, no bairro São Benedito, contabilizam os prejuízos provocados pelo forte temporal que atingiu Santa Luzia, na região metropolitana, na noite dessa segunda-feira (6 de janeiro). As lojas foram invadidas pela lama e a rua destruída pela força da água.
Na manhã desta terça-feira (7 de janeiro), os moradores fizeram um mutirão para retirar o rastro de destruição deixado após o alagamento. "A situação está precária. Foi questão de 20 minutos, choveu muito rápido e veio muita água mesmo. O sacolão, a distribuidora e as casas tudo entraram água. Hoje estamos aqui limpando o barro, galhos, baratas e todo o tipo de lixo que invadiu nossas lojas", lamentou o dono de uma barbearia, Romenigue Martins Rocha, de 36 anos.
Segundo o comerciante, essa não é a primeira vez que a enxurrada invade os estabelecimentos localizados na rua São Judas Tadeu. "Estou aqui há 10 anos e já aconteceu várias vezes, mas nunca tinha acontecido com a força de ontem. Há alguns anos eu reformei minha loja e subi o piso em uns 20 centímetros, mas não foi suficiente para conter a água", lamenta.
Romenigue Martins afirma ainda que grande parte da água vem de uma cratera localizada na rua Padre Eustáquio, paralela a via São Judas Tadeu. Ele reclama da falta de reparos para conter o buraco. "Sofremos com isso há muitos anos, tem uma cratera na rua paralela a nossa onde tem um buraco de uns 10 a 12 metros de extensão e traz muita água para cá. A água vem e desfaz o asfalto, que tampa os bueiros e a água não tem como fugir. Fica uma briga entre Copasa e prefeitura e ninguém resolve", conta.
Cratera na rua Padre Eustáquio preocupa moradores do bairro São Benedito, em Santa Luzia Foto: Alex de Jesus / O TEMPO
Em nota, a Copasa informou a cratera citada pelo moradora se trata de uma erosão na rede de drenagem pluvial, que é de responsabilidade da prefeitura. A reportagem questionou a Prefeitura de Santa Luzia sobre as obras para reparo da via e aguarda retorno. A matéria será atualizada tão logo o posicionamento seja enviado.
Questionado, o Corpo de Bombeiros disse que não houve chamados para atendimento da corporação na região nas últimas horas.