Parte dos funcionários da MGS, que prestam serviços à escolas municipais de Belo Horizonte, entraram em greve nesta quarta-feira (12). O número exato de funcionários que estão de braços cruzados não foi informado, mas uma assembleia com a categoria, prevista para esta manhã, deve guiar os rumos da paralisação. O motivo, segundo apurado por O Tempo, seria a melhoria salarial para os trabalhadores ligados à educação.
A informação chegou até os pais de alguns alunos ainda na tarde de terça-feira (11). Uma testemunha que preferiu não se identificar, disse que uma vizinha, mãe de uma criança com autismo, recebeu a informação quando foi buscar o filho na instituição de ensino.
que ficaram apreensivos com a possibilidade de desassistência de alunos com algum tipo de deficiência, por exemplo.
“Minha vizinha disse que comunicaram o seguinte: os alunos que precisam de acompanhamento, sejam autistas ou de qualquer outra condição, só poderão ir pra escola se alguém da família puder ir junto. Ela tá desesperada, como vai trabalhar?”, informou.
Por email, a MGS disse que tem mantido diálogo com os representantes dos trabalhadores e está sempre aberta a negociações que sejam viáveis e sustentáveis para ambas as partes. A MGS apresentou proposta de reajuste de 7% no salário e no Vale Alimentação/Refeição para todos os empregados vinculados a categoria, índice bem superior a inflação de 2024, que ficou em 4,83%.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH), que representa a categoria, disse que “ainda nada está definido” que a assembleia deve ditar os próximos passos.
A Secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte também foi questionada sobre a greve e disse que cerca de 90% das escolas da rede municipal mantiveram atendimento normal ou parcial na manhã desta quarta-feira (12). Ainda, que a Prefeitura de Belo Horizonte mantém contrato de terceirização com a MGS para atuação na cantina, limpeza e cuidados nas unidades escolares. As questões trabalhistas são de responsabilidade da empresa.
Em contato com algumas escolas, funcionários disseram que o funcionamento não foi comprometido. “Alguns aderiram a greve, mas a escola está com atendimento normal”, disse.