Dez integrantes da gangue conhecida como 'Sapolândia', foram presos, nessa quarta-feira (19). Um dos faccionados ainda é procurado pela polícia. O grupo, que é responsável pela venda de drogas no bairro Serra Verde, na região de Venda Nova, é suspeito de matar o 'chefão do bando', de 26 anos.
Para acobertar o assassinato os integrantes da organização criminosa armaram o desaparecimento do traficante e ainda acionaram as forças de segurança. Um boletim de ocorrência foi feito no dia 23 de dezembro, data em que a vítima desapareceu. Câmeras de vigilância do prédio em que o 'chefão do crime' residia registraram o momento em que o homem sai de casa e não retorna.
De acordo com a Polícia Civil, o bando, que é formado por sete homens e quatro mulheres, teria se desentendido com o 'chefão do crime' após uma espécie de 'desacordo comercial'. O traficante, que era o dono de uma boca de fumo, teria se ausentado por um curto período da venda dos entorpecentes para tratar de uma crise renal.
Ao retornar, o 'chefão do crime' não teria gostado que um de seus comparsas teria comercializado mais drogas que ele. O episódio teria gerado um embate entre os membros da facção que resolveram se juntar e assassinar a 'liderança' da organização.
Contudo, o corpo do traficante ainda não foi encontrado. As investigações da Polícia Civil apontam que o traficante saiu de casa para se encontrar com seus comparsas, mas acabou caindo numa emboscada.
Os integrantes da organização foram presos em suas respectivas residências nos bairro Serra Verde e Minas Caixa, nas regiões de Venda Nova e Pampulha, e preferiram se manter em silêncio e não revelar o paradeiro do corpo do traficante.
"Durante as investigações tivemos acesso ao telefone do traficante, usado para conversar com outros criminosos e seus comparsas. Em meio as mensagens localizamos uma informação que dava conta de um corpo que havia sido carbonizado pela gangue, em São José da Lapa, na Grande BH. Localizamos o corpo, mas não pertencia ao traficante", destacou o delegado Alexandre da Fonseca.
O delegado ainda acrescenta que "temos certeza de que ele está morto. Descobrimos ainda que a vítima mantinha escondido na garagem do prédio, em que morava, as drogas que eram comercializadas na região. Após o sumiço da vítima, seus comparsas entraram no imóvel e levaram os entorpecentes. Quando chegamos ao local só encontramos indícios que naquele espaço havia drogas", acrescentou.