Um policial civil do Rio de Janeiro, de 26 anos, confessou ter matado um homem no bairro Itapoã, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, na noite desse sábado (23 de fevereiro).
De acordo com informações do boletim de ocorrência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o policial afirmou que trabalha e mora no Rio de Janeiro, mas está passando férias na capital mineira. Ele relatou que estava em um restaurante com familiares e, quando estava saindo do local, foi surpreendido pela vítima.
Ainda conforme o relato do policial, o homem começou a proferir algumas palavras que ele não entendeu em um primeiro momento. Depois, falou algumas vezes que mataria o suspeito, que pediu para que ele se afastasse.
O homem teria continuado a ameaçar o policial e, conforme o boletim de ocorrência, colocou a mão embaixo da camisa, simulando estar armado. O policial contou que, temendo pela vida, sacou a arma e efetuou um disparo.
Assim que atirou, o próprio policial acionou a PMMG e entregou a arma. A perícia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também compareceu no local.
Conforme boletim de ocorrência, a vítima estava com uma machadinha e com uma garrafa “com líquido desconhecido”.
O caso é investigado.
Moradores descrevem vítima como tranquila
Moradores da região, que pediram para não serem identificados, afirmaram que a vítima era ‘tranquila’. Conforme relatos, o homem passeava sempre com os cachorros pelo bairro, cumprimentava a todos e não dava problemas. Ele seria, inclusive, conhecido de diversos comerciantes.
“Ele nunca fez mal a ninguém. Ele era uma pessoa com a saúde debilitada e até tinha dificuldades para se locomover. Ele nunca fez mal para qualquer pessoa do bairro. Cheguei até a conversar com ele, que era totalmente inofensivo”, diz uma mulher, que pediu para não ser identificada.
Outro morador da região concorda. “Ele era conhecido na região e cuidava dos animais dele. Eu nunca ouvi relato sobre esse homem ameaçando ninguém. Nem dinheiro ele pedia. As pessoas e os comércios que o ajudavam”, diz o homem, que também pediu anonimato.
No entanto, o funcionário de um estabelecimento na região afirma que a vítima já tinha tido uma espécie de surtos algumas vezes. “Ele era tranquilo, sim, mas eu já o vi ‘surtando’ algumas vezes e falando algumas coisas. Ameaçar alguém de morte nunca presenciei, mas ele parecia ter algum problema psiquiátrico”, disse o homem, que pediu para não ser identificado.