Em meio à tristeza e às lágrimas, familiares, colegas de farda, amigos e a esposa se despediram do soldado da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) Matheus de Souza Ribeiro, 31 anos, que foi sepultado nesta terça-feira (25 de março) no Cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte. O militar faleceu enquanto tentava salvar um homem que pulou do viaduto das Américas, na BR-040, em Contagem, na região metropolitana.

O clima de comoção e muita tristeza era visível no rosto de todos os que compareceram ao velório do soldado Matheus. Coroas de flores relembraram a trajetória do soldado e, em algumas delas, havia dizeres que enalteciam a missão do militar, que serviu na corporação por sete anos: “Honra e respeito a quem dedicou sua vida ao próximo. Sua generosidade, sabedoria, alegria e companheirismo ficarão eternamente.”

O diretor de comunicação da PMMG, coronel Flávio Santiago, afirmou que Matheus foi um herói e ‘combateu o bom combate’ enquanto estava em serviço.

“É um momento de muita consternação para nós. Quando um policial tomba, toda a corporação tomba. Além disso, a sociedade chora com a perda de um herói. Tentou salvar a vida de um rapaz que, por conta de problemas, queria ceifá-la. Tenho certeza de que o Altíssimo o recebeu na primeira fileira e que, agora, ele nos ilumina lá de cima. Damos a vida por pessoas que nem conhecemos, sempre pela missão de servir e proteger. E com o Matheus não foi diferente”, ressaltou o coronel.

Celebração da palavra: esperança e conforto em meio à tristeza

A cerimônia contou com uma celebração do Rito de Exéquias presidida pelo diácono Valdir Nobre, da representação da Arquidiocese Militar do Brasil. “A morte de um militar vai de encontro a um juramento que ele fez – que é defender a sociedade dando a própria vida. Assim foi com o soldado Matheus. Ele queria salvar uma vida e acabou doando a sua. Ele, como jovem, se entregou heroicamente. E vim aqui para trazer a esperança e a palavra de Deus nesse momento de tristeza e comoção”, afirmou o diácono Valdir.