A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) procura por um homem, de 35 anos, suspeito de tentar matar a ex-namorada, de 31. O suspeito usou um caco de vidro para tentar cortar o pescoço dela no dia 28 de março, no bairro Colégio Batista, região Leste de Belo Horizonte. Ele é considerado foragido já que a Justiça determinou a sua prisão dois dias após o crime.
"Na tentativa de reatar o relacionamento, o homem ofereceu uma carona para a mulher, após uma aula de um curso que fazem juntos. Ela aceitou, porque eles tinham, até então, um bom relacionamento. No veículo, ele fingiu que iria presenteá-la com um colar, mas tentou agredi-la", detalhou a delegada Ariane Pimenta.
Aos investigadores, a vítima, que ficou internada durante dois dias, disse que o crime ocorreu no carro do suspeito, que estava estacionado entre as ruas Jacuí e Santa Maria. Segundo o depoimento da mulher, enquanto eles permaneciam no veículo, o homem foi em direção ao banco traseiro e começou a tatear o chão. "Pela visão periférica dela, viu que não era um colar. Por isso conseguiu se proteger. Ele começou a agredi-la com tapas e socos", acrescentou.
De acordo com a polícia, a vítima saiu do veículo e começou gritar por socorro. O homem ainda teria tentado atropelar a mulher, que foi socorrida por moradores da região. "Assim que a vítima saiu do hospital, ela deu queixa na delegacia e iniciamos o inquérito. Foi decretada a prisão temporária dele, mas ele segue foragido. Nossas equipes já foram até uma cidade vizinha, mas ainda não o localizamos", acrescentou.
Outros crimes
A Polícia Civil apontou que, na fuga, a mulher deixou alguns pertences dentro do carro. Entre eles, o celular que foi utilizado pelo suspeito para verificar possíveis indícios de traição. O homem fez lives e publicações nas redes sociais dele acusando a ex de não ter sido fiel durante o namoro.
"Além de tentativa de feminicídio, o homem pode responder por invasão de dispositivo de informática e injúria", apontou a delegada. O casal permaneceu junto durante dois anos. Eles encerraram o relacionamento três semanas antes do crime. Aos investigadores, a vítima disse que nunca houve agressões entre eles, mas que o ex-companheiro demonstrou ter "ciúmes exarcebados".