A sexta-feira (20 de junho) marca o início do inverno. Em Minas Gerais, a nova estação tende a registrar períodos de frio mais intenso, escassez de chuvas e, em determinados momentos, umidade relativa do ar abaixo do recomendado para a saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Anete Fernandes, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), destaca que o inverno começa no "auge da estação seca em Minas Gerais". “Nesse início de estação, prevalecem temperaturas mais amenas, independentemente de episódios frios, porque no início do inverno o hemisfério sul recebe uma quantidade menor de radiação que o norte.”

Os meses de julho e agosto tendem a ser, segundo Anete, muito secos, com ausência de chuva e céu com poucas nuvens. Esse cenário favorece a perda de calor entre a noite e a madrugada, o que provoca manhãs frias e tardes mais quentes. “Haverá uma diferença grande entre as temperaturas máxima e mínima, ou seja, grande variação no decorrer do dia”, destaca.

Umidade baixa e calor

O final de julho será marcado, conforme prevê a meteorologia, por umidade relativa do ar abaixo de 30%. “Serão valores críticos que favorecem uma piora na qualidade do ar. Além disso, favorece também a propagação de queimadas e incêndios por áreas vegetadas. Lembrando que não é o tempo seco que provoca os incêndios, mas ele favorece para uma propagação mais rápida”, diz Anete.

Uma mudança nas temperaturas será observada a partir de setembro, com a tendência de aumento nos termômetros devido à transição para a primavera. “Será o momento em que vamos registrar as maiores temperaturas do ano.”

“O nosso inverno é caracterizado por períodos quentes intercalados por períodos frios. Então, nessa época do ano, as massas de ar frio costumam chegar ao Estado com intensidade suficiente para provocar declínio acentuado das temperaturas de um dia para o outro e temperaturas amenas por dias consecutivos”, conclui Anete.