A Escola Estadual Governador Milton Campos — conhecida como Estadual Central — rejeitou, nesta quinta-feira (10/7), a adesão ao Programa das Escolas Cívico-Militares, promovido pelo Governo de Minas. A votação reuniu membros da direção, professores e alunos. O processo faz parte da consulta às comunidades escolares, iniciada pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) em 30 de junho e com término previsto para 18 de julho.

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"Com 84%, o programa foi rejeitado. Esta é uma grande conquista, pois o Estadual Central sempre foi palco de debates políticos, e não seria agora que deixaríamos isso passar. Batalhamos muito e conseguimos um resultado que, para nós, é considerado favorável", afirmou João Duarte, de 16 anos, estudante da instituição e integrante do movimento Fique Ligado Estudante.

Antes da votação, os estudantes realizaram uma manifestação, conforme relatou Duarte. "A maioria de nós acha esse programa do governo Zema um completo absurdo", disse.

Como funcionam as escolas cívico-militares

Escolas cívico-militares são instituições públicas com gestão compartilhada entre educadores e militares, voltadas para os anos finais do Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio. As secretarias estaduais de Educação cuidam do currículo, enquanto professores atuam no ensino e militares, geralmente da Polícia Militar ou das Forças Armadas, colaboram na gestão educacional e disciplinar.

A admissão de alunos ocorre por matrícula ou transferência. O processo pode incluir prova, conforme a disponibilidade de vagas em cada unidade.