Pouco mais de três semanas após a redução do limite de velocidade na Via Expressa (avenida Presidente Juscelino Kubitschek), motoristas desaprovam a mudança, mostra enquete publicada em O TEMPO. No trecho entre a rua Coração Eucarístico e a avenida Teleférico, na divisa entre Belo Horizonte e Contagem, o limite caiu de 80 km/h para 60 km/h.

Em cerca de 30 horas, a enquete recebeu 4,6 mil participações. A maioria (77,9%) disse que não gostou da mudança e que o tempo de deslocamento aumentou muito. Por outro lado, 16,5% afirmaram que sentiram mais segurança no local, enquanto 5,5% disseram que não perceberam nenhuma diferença.

A medida da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) faz parte de um conjunto de ações do Executivo para tornar o trânsito mais seguro na capital mineira. A administração municipal justifica a decisão com base na premissa de que velocidades menores reduzem a gravidade dos acidentes.

Especialista defende redução

Apesar do descontentamento dos motoristas, o especialista em trânsito Alysson Coimbra, diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), considera a medida eficaz. Ele afirma que o controle de velocidade é um dos pilares mundiais para a redução de mortes no trânsito, independentemente do tipo de via.

"Cientificamente, a velocidade é comprovada como um fator que potencializa o agravamento das lesões decorrentes de acidentes de trânsito, aumentando o risco de morte instantânea no local. Em um cenário catastrófico como o que enfrentamos no sistema nacional de trânsito, políticas públicas de controle de velocidade — como a fiscalização por radar, a limitação e a redução da velocidade máxima — são medidas que favorecem a preservação de vidas e a segurança do tráfego local", explicou.