Quase três anos de pensão atrasada. É o que o goleiro Bruno Fernandes estaria devendo ao filho Bruninho, de 15 anos, do relacionamento que teve com Eliza Samudio. A afirmação foi dada por Sônia Moura, mãe de Eliza, em entrevista a O TEMPO. Em uma conta simples, sem correções monetárias, o montante devido gira em torno de R$ 90 mil, valor próximo ao que Bruno pagou ao filho após receber ajuda por meio de uma vaquinha online em 2022.
Segundo Sônia, o último acordo feito pelo goleiro contemplou o pagamento de pensão entre 2020 e setembro de 2022. “De lá pra cá, não tem nenhum tipo de pagamento. O valor estipulado pela Justiça para o pagamento é de dois salários mínimos”, explicou.
A mãe de Eliza Samudio contou que acionou a Justiça para o pagamento, mas que o processo no Rio de Janeiro - onde ela e goleiro Bruno vivem - não avança. “Quando eu morava no Mato Grosso do Sul e o processo foi pra lá, o processo avançava, foi quando o Bruninho recebeu o último valor pelo acordo na Justiça. Aí o processo voltou para cá (Rio de Janeiro) e está parado, não sei o porquê”, declarou. Segundo Sônia, um oficial de Justiça procurou recentemente pelo goleiro, mas não o encontrou.
Em 2022, a Justiça do Mato Grosso do Sul determinou a prisão de Bruno Fernandes pelo não pagamento de pensão que totalizava R$ 90 mil. O goleiro abriu uma vaquinha virtual, arrecadou cerca de R$ 24 mil, vendeu o carro e quitou o débito. Com isso, a prisão foi revogada.
Procurada pela reportagem de O TEMPO, a advogada Mariana Migliorini, que defende o goleiro Bruno Fernandes, disse desconhecer a acusação de quase três anos de atraso na pensão. Ela alegou que o cliente recebe, atualmente, um valor de aproximadamente dois salários mínimos e que ele não possui condições financeiras de arcar com o valor estimado pela Justiça. Sobre a afirmação de que o processo não avança na Justiça fluminense, a advogada disse que essa é uma questão de competência do Poder Judiciário daquele Estado.