Motoristas e pedestres que circulam pela região do Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, devem ficar atentos às alterações no trânsito onde estão ocorrendo as obras na MGC-356. A partir da próxima terça-feira (15), haverá estreitamento de faixa, em ambos os sentidos das vias marginais de acesso às alças do viaduto. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a medida será necessária para construção das bases de sustentação para alargamento de pistas do viadutos.  A previsão é que esta etapa fique pronta em novembro.

A PBH tem afixado faixas de pano no local para orientar a população. Agentes da prefeitura também vão auxiliar nas mudanças.

As obras no Belvedere tem como  objetivo melhorar o fluxo de veículos e reduzir congestionamentos na região. Para isso, as intervenções incluem a ampliação e instalação de novas faixas de tráfego, alargamento do viaduto existente, adequação das alças e ramos de acesso, além da implantação de uma nova faixa de circulação entre o trevo e a praça Marcelo Góes Menicucci.  O orçamento inicial da obra é de R$ 16 milhões.

A obra tem sido alvo de polêmicas desde o início. Moradores contrários ao projeto apontam riscos ambientais, principalmente devido ao corte previsto de cerca de 200 árvores. Em contrapartida, a prefeitura se comprometeu a realizar o replantio de 800 mudas na mesma região, como forma de compensação ambiental.

Durante visita ao local em abril, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) defendeu a continuidade da obra, alegando que ela atende ao interesse da maioria dos moradores. “Se tivermos de retirar 200 árvores, vamos replantar 800 aqui no bairro mesmo. Esse é o compromisso da prefeitura”, afirmou na ocasião.

Ainda segundo a administração municipal, mais de 7,7 mil moradores do Belvedere assinaram um abaixo-assinado em apoio à intervenção. O projeto também prevê melhorias na Lagoa Seca, espaço de lazer da comunidade que a prefeitura planeja tornar público e revitalizar.

 

Paralisação 

Em 26 de junho, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) notificou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e recomendou que o Executivo suspendesse a execução de contratos e serviços relacionados às obras. As atividades ficaram suspensas por uma semana.