Em menos de três meses, o Hospital Risoleta Tolentino Neves voltou a restringir o atendimento a pacientes no pronto-socorro da unidade, localizada na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Em comunicado publicado nesta segunda-feira (14/7), foi informado que serão atendidos apenas os casos classificados como emergência com risco de morte e muita urgência, que necessitam de atendimento imediato.
"A medida se deve ao quadro de superlotação da unidade, que atualmente tem capacidade operacional para atendimento de 90 pacientes simultaneamente", informou a assessoria do Risoleta Neves.
No início da tarde desta segunda-feira, o pronto-socorro da unidade estava com 181 pacientes em atendimento. "Desde sexta-feira, 11/07, o hospital registrou um aumento significativo na demanda de pacientes com perfil de maior gravidade, o que impactou na capacidade de admissão de novos casos", complementou.
A Rede de Urgência e Emergência de BH já foi notificada pela diretoria da instituição, que solicitou apoio no processo de referenciamento para outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). "Todos os esforços estão sendo tomados para a retomada segura e habitual da assistência", esclareceu a nota.
Os pacientes que já estão no Risoleta Neves continuarão sendo atendidos. Já aqueles que passarem pela triagem e forem classificados como não críticos serão orientados a procurar outra unidade de saúde.
"O usuário que decidir aguardar estará ciente das limitações de atendimento. O Risoleta lamenta o desconforto gerado para a população, mas reafirma seu compromisso de, mesmo diante de todos os desafios, prestar uma assistência aos pacientes com segurança e qualidade", concluiu.
Nova restrição
No dia 28 de abril deste ano, a direção do hospital também precisou restringir o atendimento no pronto-socorro aos casos de urgência e emergência. Na ocasião, o motivo foi, novamente, a superlotação. Às 13h daquele dia, 171 pacientes estavam na unidade, que tem capacidade para 90 pessoas.
Posicionamentos
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que a gestão plena de serviços do Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) é de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte.
"A SES-MG esclarece que a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) conta com uma rede robusta de serviços hospitalares, composta por 32 hospitais contemplados pela Política de Atenção Hospitalar Valora Minas, 16 unidades credenciadas no Programa Rede Resposta para urgência e emergência e 33 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), todas financiadas de forma tripartite (União, Estado e Municípios)", afirmou em trecho do posicionamento.
A Prefeitura de BH também foi demandada sobre o assunto, e a reportagem aguarda o retorno.