A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) renovou, nesta sexta-feira (25/7), o convênio com uma organização da sociedade civil para a gestão do Complexo Público Veterinário, localizado no bairro Maria Gertrudes, região Oeste da capital. A formalização prevê a destinação de cerca de R$ 2 milhões para a continuidade dos atendimentos gratuitos a cães e gatos tutelados por pessoas de baixa renda, até janeiro de 2025. 

O equipamento é gerido em parceria com a Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa-MG), entidade sem fins lucrativos. Segundo a PBH, 32 profissionais atuam no complexo, garantindo atendimento diário e gratuito de alta qualidade a quem não pode arcar com despesas como consultas e cirurgias. 

“É um trabalho que fazemos com muito carinho, com respeito aos animais e sem distinção aos tutores”, afirma o diretor do Complexo, Aldair Pinto. Ele destaca, por exemplo, o serviço de ambulância utilizado para o transporte de animais em situação de vulnerabilidade, como os tutelados por pessoas em situação de rua. “Essas cirurgias podem custar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil na rede particular. É algo realmente gratificante e mostra que estamos no caminho certo para fazer o bem aos animais da nossa cidade”, completa. 

Como funciona o atendimento? 

O atendimento é realizado mediante distribuição de senhas a partir das 8h, de segunda a sexta-feira. O hospital possui uma sala de espera com Wi-Fi, utilizada por tutores que costumam chegar de madrugada para garantir uma das 45 senhas diárias. 

Além disso, o complexo disponibiliza dez atendimentos mensais para animais resgatados pelo município, por meio do Projeto Maloca, do Centro de Controle de Zoonoses ou da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, conforme a PBH. 

Segundo a PBH, o Complexo Veterinário foi inaugurado em 2021 e integra as ações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), voltadas à defesa e ao bem-estar animal. Em quatro anos, já foram realizados mais de 30 mil atendimentos e quase 5 mil cirurgias. 

A subsecretária de Bem-Estar Animal da SMMA, Maria Clara Rêgo, explica que estão trabalhando para ampliar os atendimentos. “Para Belo Horizonte, é uma honra alcançar esses números. Não só pelo bem-estar dos animais, mas também pela preocupação com a condição financeira e social dos tutores, que muitas vezes não têm como pagar por atendimento médico-veterinário. Trabalhamos para ampliar ainda mais esses atendimentos”, afirma.