A proposta que visa modernizar Belo Horizonte e atrair mais empresários interessados em investir na capital por meio de alterações no Plano Diretor da cidade deve ser encaminhada em breve para apreciação da Câmara Municipal. O anúncio foi feito pelo Prefeito da cidade, Álvaro Damião (União Brasil), que, sem datar o envio, afirmou que a ideia é apresentar “uma proposta única, já bem encaminhada, com possibilidade de aprovação rápida e tranquila.”
“A população quer, e entende, que Belo Horizonte ficou parada no tempo, perdendo espaço para outras grandes capitais do Brasil. Isso acontece em todos os setores, tudo que você puder imaginar: eventos, empresas, empresários que migraram suas atividades para outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro. Todas essas perdas, ao longo dos anos, nos mobilizam a recuperar o tempo perdido”, disse Damião em coletiva para imprensa nesta quarta-feira (9), durante visita a obras de construção do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Cabana do Pai Tomás, na região Oeste.
Em maio deste ano, em entrevista exclusiva ao programa Café com Política, do jornal O TEMPO, em que Damião já tinha sinalizado que estuda, entre outras medidas, a possibilidade de flexibilizar as regras para a atuação do setor da construção civil. À época, ele teceu críticas às atuais diretrizes para ocupação do espaço urbano da capital.
“A gente não pode mais ver Belo Horizonte perdendo espaço na construção civil como a gente vê. A gente não pode mais dormir tranquilamente sem ter um prédio de 50 andares, se eu estou na terceira maior capital do Brasil. Eu tenho que trabalhar por isso, tenho que ver coisas novas na minha cidade”, declarou na ocasião.
Já nesta quarta-feira, ele disse que é preciso propor um novo modelo de gestão e de arrecadação, incluindo mudanças no Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
“Nosso objetivo não é criar dúvidas, nem medo na cidade. Tenho certeza de que, ao apresentarmos nossas propostas, elas serão aprovadas, porque todos percebem que Belo Horizonte ficou parada no tempo ou, pelo menos, precisa se modernizar”, completou.