O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, fez críticas ao projeto de expansão do Programa das Escolas Cívico-Militares do Governo de Minas Gerais, que tem como objetivo o “fortalecimento da educação pública estadual” por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), a Polícia Militar (PMMG) e o Corpo de Bombeiros (CBMMG).

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Em vídeo publicado nas redes sociais, Araújo classificou a proposta do governo de Romeu Zema (Novo) como um “absurdo”. “Transformar escola pública em escola militarizada não tem respaldo legal”, afirmou. Ele destacou que a Constituição Federal não permite o que está sendo proposto e convocou a população a rejeitar a medida, que, segundo ele, desrespeita a comunidade escolar e pode trazer grandes prejuízos não só para os mineiros, mas para todo o país.

“Não queremos estudantes preparados para matar, para destruir, para fazer guerra. Queremos nossos alunos preparados para exercer a cidadania, a democracia, a liberdade. Por isso, para evitar uma sociedade militarizada e armada no futuro, condene esse projeto do governador Zema”, declarou o professor.

A SEE/MG informou que o Programa das Escolas Cívico-Militares busca “integrar valores cívicos, éticos e disciplinares ao cotidiano escolar, promovendo a formação integral dos estudantes e contribuindo para um ambiente educacional mais seguro, organizado e acolhedor”. 

A expansão do programa é alvo de críticas de professores da rede estadual de ensino. Os profissionais questionam o memorando enviado pela SEE/MG, no dia 30 de junho, para mais de 700 unidades escolares, que delimita até o dia 18 de julho o prazo para adesão ao modelo de ensino. A categoria afirma que a expansão está sendo “tocada às pressas” e sem transparência. O assunto será tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (10/7).