Uma operação após denúncia de suposta violência sexual levou a Polícia Civil a interditar, na última quinta-feira (14/8), uma escola infantil clandestina da cidade de João Monlevade, na região Central de Minas Gerais. Durante a ação, os agentes verificaram que o local tinha condições precárias de higiene, com alimentos vencidos e estrutura "insalubre". 

Segundo a polícia, os policiais encontraram "uma situação de grave risco à saúde e à segurança das crianças", uma vez que o espaço não tinha manutenção ou cuidados básicos. No imóvel da instituição clandestina, estavam 20 crianças com idades entre cinco meses e 11 anos. 

"No momento da ação, verificou-se que os cuidados das crianças estavam sob responsabilidade de duas mulheres adultas e uma adolescente de 15 anos, todas sem formação técnica ou autorização para exercer a função", completou a Polícia Civil.

Crianças dormiam no local

Durante os levantamentos no local, os investigadores acabaram descobrindo que, além de passarem o dia no espaço insalubre, parte das crianças ainda pernoitavam na creche. Também foi descoberto que a instituição não tinha autorização da Secretaria Municipal de Educação para funcionar. 

"Diante da gravidade dos fatos, a Vigilância Sanitária foi acionada e procedeu à interdição imediata do espaço. O Conselho Tutelar acompanhou toda a operação e providenciou a entrega das crianças às respectivas famílias, assegurando sua integridade física e emocional", completou a polícia. 

Agora, as investigações continuam com o objetivo de identificar possíveis crimes que incluem exercício irregular de atividade e maus-tratos.