As visitas ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, foram suspensas neste sábado (23/8) devido a um surto de escabiose, conhecida popularmente como sarna, informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
De acordo com a secretaria, o setor de saúde da unidade prisional identificou casos de sarna em alguns detentos. “Como parte dos procedimentos protocolares, presos pertencentes as alas infectadas ficarão isolados dos demais, por um período de sete dias, enquanto recebem o tratamento indicado”, informou em nota.
Ainda de acordo com a Sejusp, após três dias de uso da medicação prescrita, todos os objetos pessoais dos detentos das alas infectadas, como colchões, roupas de cama e talheres, serão substituídos, além da higienização completa das celas.
As visitas no Ceresp acontecem quinzenalmente e devem ser solicitadas por e-mail à assistência social da unidade, com confirmação também por mensagem eletrônica. Uma mulher, que preferiu não se identificar, que aguardava para visitar o filho relatou a frustração com a suspensão inesperada. “Passamos a madrugada aqui e não conseguimos entrar. Trouxe comida para o meu filho e está azedando. Quero muito vê-lo! Estão liberando algumas pessoas para entrar e outras não. Os familiares entraram quando saem cada hora falam uma coisa, que é surto de piolho, outros que é de sarna e não sabemos o que é. Sou mãe e fui para ver meu filho e não estava lá para fazer gracinha. Nenhum responsável foi lá falar com a gente”, reclamou.
A secretaria informou que comunicou aos familiares dos presos das alas afetadas que as visitas deste fim de semana foram suspensas por motivos preventivos e de segurança. A secretaria garantiu que os encontros serão compensados, sem prejuízo para os detentos e seus parentes.
Leia nota da Sejusp na integra:
“Informamos que todas as medidas relativas aos casos de escabiose (sarna) diagnosticados pelo setor de saúde do Ceresp Gameleira em alguns presos, foram tomadas pela direção da unidade prisional. Como parte dos procedimentos protocolares, presos pertencentes as alas infectadas ficarão isolados dos demais, por um período de sete dias, enquanto recebem o tratamento indicado. Após três dias de uso da medicação prescrita, é feita a troca de todos os objetos pessoais, colchão, roupa de cama, talher e demais itens e, também, é feita a higienização da cela.
Em função do necessário isolamento dos custodiados infectados, a unidade prisional comunicou aos familiares dos presos das alas afetadas que as visitas que seriam realizadas neste fim de semana foram suspensas, por razões preventivas e de segurança. Essas visitas serão compensadas, sem prejuízos aos familiares e presos. Essa medida foi comunicada, também, ao Ministério Público, OAB e Judiciário”.