Um homem de 32 anos foi preso, no último domingo (24/8), após proferir ofensas racistas às guardas municipais e tentar subornar profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da regional Nordeste, localizada no bairro São Paulo, em Belo Horizonte. O episódio ocorreu um dia antes do prefeito de BH, Álvaro Damião (União Brasil), anunciar a possibilidade dos guardas municipais serem substituídos por pessoas da comunidade para lidar com problemas de segurança nas UPAs da capital mineira.

De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM-BH), o suspeito aguardava atendimento quando passou a ameaçar e atacar os funcionários da UPA. Ele foi conduzido para uma delegacia da Polícia Civil (PCMG) após o caso, onde permanece à disposição da Justiça.

Em nota, a GCM-BH reiterou que repudia veementemente qualquer prática discriminatória, especialmente a de cunho racial, e reafirma seu compromisso com a proteção da vida, a defesa dos direitos humanos e o cumprimento rigoroso da lei. 

"A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Guarda Municipal manifestam, ainda, solidariedade irrestrita ao agente vítima das ofensas racistas e se coloca à disposição para apoio institucional, reafirmando que nenhuma forma de violência ou preconceito será tolerada", completou a GCM-BH.

Guardas Municipais podem ser substituídos por 'pessoas da comunidade' nos centros de saúde de BH

Durante a cerimônia de 22 anos da Guarda Civil Municipal, nesta segunda-feira (25/08), na Praça da Bandeira, na região Centro-Sul da cidade, o prefeito Álvaro Damião afirmou que a maior parte dos problemas dentro dos centros de saúde são causados por estresse. “Ninguém vai lá para atacar o outro, roubar o outro, as pessoas vão ali e o estresse provoca o problema que é gerado dentro do centro de saúde”, afirmou Damião. 

A ideia, conforme o chefe do Executivo municipal, é que a GCM-BH faça o patrulhamento nos bairros e atenda pontualmente os centros de saúde, caso haja necessidade. “Há uma chance de pegar pessoas da própria comunidade, pessoas que conhecem o posto, que conhecem o médico, que conhecem a recepcionista, conhecem todo mundo, para estar ali. Não estou falando que eu vá acertar, mas a minha chance de acertar é muito grande, porque essa pessoa  que vai falar: ‘ó, senhor João, você de novo? Tem que ter calma , fica aqui na fila, aqui, senta aqui, vamos tomar um café, conversa, espera um pouquinho’. Essa pessoa que a gente está procurando, uma forma de colocá-la dentro dos quadros da Secretaria de Saúde para que ela possa atuar dentro do posto”, detalhou.

A iniciativa faz parte de um plano maior envolvendo a segurança pública, que conta com aumento do efetivo e investimento em tecnologia e equipamentos para  a corporação. “Até o final do ano, nós vamos apresentar para a população de Belo Horizonte um pacote de segurança pública para melhorar, resolver. Se não conseguirmos resolver de imediato, melhorar muito a vida do povo belo-horizontino. Ladrão não vai entrar no nosso município, roubar e embora com as portas abertas tranquilamente não vai, pode ter certeza absoluta do que eu estou falando. Belo Horizonte não é lugar de ladrão, ele vai ter que roubar, se quiser roubar em outro lugar, porque aqui se ele roubar nós vamos pegar”, pontuou Damião.