O corpo da advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos será velado nesta terça-feira (23/9) no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte. A cerimônia está prevista para as 11h, e o sepultamento está marcado para as 14h30.

Como informado por O TEMPO, Kamila morreu baleada na manhã desta segunda-feira (22), na rua Otaviana Fabri, no bairro Ermelinda. Ela foi executada com 20 disparos de arma de fogo. A autoria e a motivação ainda são desconhecidas. A Polícia Civil (PCMG) investiga o caso.

"O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal dr André Roquette para ser submetido a exames. Até o momento, não houve prisão de possíveis envolvidos. A ocorrência encontra-se em aberto e, tão logo seja possível, outras informações serão repassadas", disse a PCMG.

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Imagens

Câmeras de segurança registraram o momento em que a advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos foi morta a tiros. As imagens mostram a advogada próxima a um veículo amarelo. Ela foi surpreendida por um homem armado, que desceu do banco do passageiro de um carro prata.

O criminoso, vestido com blusa de frio preta com capuz, atirou diversas vezes contra ela. O crime ocorreu na rua onde a vítima morava. Conforme apurado pela reportagem, a advogada e o namorado tinham uma distribuidora de bebidas.

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OAB classifica o crime como "ataque covarde"

A Ordem dos Advogados Seção Minas Gerais (OAB-MG) classificou como um "ataque covarde" a morte da advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos. Em nota divulgada, a OAB-MG apontou que o caso alerta a necessidade de "discutir medidas de segurança para que advogadas e advogados possam exercer sua missão constitucional sem medo".

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"É indispensável cobrar do Legislativo a aprovação de projetos que tornem hediondos os crimes cometidos contra advogados. A advocacia não se intimida. Exigimos punições mais severas e condições reais de proteção para quem defende direitos, garantias e a justiça", acrescentou a OAB, em nota.

Segundo o presidente da instituição, Gustavo Chalfun, ele determinou a criação de uma comissão para acompanhar o inquérito. "Pela memória de Kamila e pela dignidade da profissão, seguiremos firmes. Unidos, por uma advocacia forte, presente e respeitada", destacou.