Um dia após anunciar operação para coibir o ataque recorrente aos ônibus em Belo Horizonte e em cidades da região metropolitana, a Polícia Militar de Minas Gerais foi novamente desafiada. Dessa vez, com um coletivo queimado em Ribeirão das Neves, na noite da quarta-feira (16). A corporação justifica que o ato criminoso foi fora da área onde os policiais atuavam na operação denominada “Fênix”.
Apesar da recorrência dos ataques, mesmo após iniciada a operação, a PM defende que as ações continuam e que elas têm surtido efeitos positivos. Por meio de nota, a corporação informou que entre quarta-feira (16) e quinta-feira (17), em Belo Horizonte houve a prisão de dois autores desses ataques ao transporte coletivo.
Ainda segundo a corporação, armas de fogo, além de outros materiais ilícitos foram apreendidos. “Na 2ª Região de Polícia Militar, após denúncia anônima, houve prisão de um suspeito, além de quase 100 kg de entorpecente”, informou.
Questionada se o novo ataque não se tratava de um enfrentamento de grupos criminosos aos policiais, a corporação justificou: “A ocorrência de um único delito, fora da abrangência inicial de uma operação. Somente ressalta o quanto as ações institucionais têm surtido o efeito esperado e que os infratores não enfrentam a PM, já que buscaram área diversa a da operação para cometer o delito. Área essa já incluída no contexto operacional de prevenção previsto na ações desencadeadas desde a última terça feira (15)”, informou a corporação.
Mobilização na PMMG
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, a operação para impedir novos ataques aos coletivos tem emprego dos Comandos de Policiamento Especializado (CPE) e de Aviação do Estado (Comave), além das unidades da PM da região metropolitana, já que o local é foco da operação.
A ação também conta com o serviço de inteligência da corporação e inclui o trabalho de mais policiais em locais estratégicos como estações e pontos de ônibus e ao longo do trajeto de algumas linhas.
“Cerca de 80 policiais militares serão empregados em pontos estratégicos na RMBH, como postos de combustíveis, na porta das garagens das empresas e em pontos finais dos coletivos. O objetivo é proceder a uma fiscalização direcionada, abordagens, identificar suspeitos e quando for o caso, efetuar a prisão”, explica a PM.
GMBH apoia operação
Em Belo Horizonte, a Guarda Municipal atua em caráter especial desde a noite da quarta-feira (16) em apoio à Operação Fênix da Polícia Militar.