Durante o ataque na Escola Estadual Orlando Tavares, em Ponto de Marambaia – distrito do município de Caraí – no Vale do Jequitinhonha, os alunos de uma das salas do 1º ano deitaram no chão e se protegeram dos tiros, na manhã desta quinta-feira (7). Em conversa com a reportagem de O TEMPO, o pai de uma aluna da classe, José Nepomuceno, de 43 anos, contou que a filha ainda está assustada e não consegue falar muito do assunto.
"Estava trabalhando em outra escola quando soube o que tinha acontecido. Fui para lá e só então soube que o fato foi na sala de uma das minhas filhas, de 16 anos. Ela disse que alguns colegas se abaixaram, deitaram no chão e que houve muita gritaria. Porém, como está muito abalada, não conseguiu falar mais do assunto e não quis almoçar. No momento, ela está descansando", disse o homem, que também trabalha na Escola Estadual Orlando Tavares, em outro horário, no setor administrativo.
Ainda segundo Nepomuceno, que também é presidente da associação do Ponto do Marambaia, os moradores se tranquilizaram depois que souberam que não teve vítima fatal no ataque. "Eu entendo que essa questão da violência está ligado à estrutura familiar, aos jogos eletrônicos, o envolvimento com as drogas. É uma consequência de uma má formação", afirmou.
Dois adolescentes ficaram feridos durante o ataque e, a princípio, não correm risco de morte. O autor dos crimes, de 17 anos, foi apreendido.