A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, na manhã desta quinta-feira (4), a prorrogação do estado de calamidade pública em Belo Horizonte e em uma série de outros municípios mineiros. Mesmo no caso de prefeituras que já haviam decretado a extensão do estado de calamidade pública desde dezembro de 2020, como a da capital, a decisão ainda precisava ser aprovada pelos deputados estaduais.
Com a prorrogação, os municípios não precisam cumprir metas fiscais durante a pandemia de Covid-19, podem realizar contratações sem licitação e têm mais facilidade para acessar recursos federais. Em Belo Horizonte, por exemplo, o decreto de prorrogação assinado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) pontua que “não há previsão de cobertura vacinal suficiente no período prorrogado deste decreto de forma a evitar risco epidemiológico e assistencial”, sinalizando que a pandemia ainda deve preocupar o Executivo municipal pelo menos até junho.
Apenas o deputado estadual Bartô (Novo) votou contra a redação final dos projetos. "A votação não é sobre se a situação e a doença são sérias ou não, e sim para estender um prazo de excepcionalidade por um longo período. Em duas semanas, vamos completar um ano de pandemia, então o tempo para se reorganizar, se preparar e tomar as devidas medidas já foi alcançado. Esse decreto com caráter de excepcionalidade não pode durar mais que um período de exceção", justificou. Ele também havia sido contrário à prorrogação da calamidade pública em todo o Estado proposta pelo governador Romeu Zema (Novo), do seu próprio partido.
No último mês, a ALMG aprovou a prorrogação do Estado de calamidade pública decretado pelo governo do Estado, assinada pelo governador Romeu Zema (Novo). Com isso, o governo tem mais autonomia para destinar recursos para a saúde. Até então, Minas confirmou 901.535 casos de Covid-19 e 19.032 óbitos pela doença.
Além de BH, os seguintes municípios tiveram a calamidade pública reconhecida pela ALMG até 30 de junho deste ano: