'Dor e indignação'

Auditores fiscais fazem vigília em julgamento de acusado da Chacina de Unaí

Faixas com os dizeres basta de impunidade foram levadas pelos manifestantes

Por Alice Brito e Vitor Fórneas
Publicado em 24 de maio de 2022 | 20:54
 
 
 
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Auditores fiscais de vários estados do Brasil fazem vigília na porta da Justiça Federal, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta terça-feira (24). Eles acompanham o julgamento de Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí, acusado de ser o mandante da morte dos auditores fiscais no crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí, em 2004.

Em entrevista à reportagem de O TEMPO, Bob Machado, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), disse que o sentimento é de “dor e indignação”. “São 18 anos decorridos da chacina que servidores foram brutalmente assassinados e até hoje nenhum dos mandantes pagou pelo que fez”, disse.

O fazendeiro e ex-prefeito de Unaí Antério Mânica é apontado por ter orquestrado os assassinatos. Ele já chegou a ser condenado a 100 anos de prisão por ser um dos mandantes da morte de três Auditores-Fiscais do Trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho: Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista do Ministério do Trabalho Ailton Pereira de Oliveira.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) anulou, em novembro de 2018, a sentença e isso gera indignação, conforme cita Machado. “Nós, auditores fiscais, esperamos que ocorra a mesma conclusão de 2015 em que houve a condenação do mandante da Chacina de Unaí. Entendemos que não houve alteração no conjunto de provas”.

Faixas com os dizeres: “Basta de impunidade”, além de buquê de flores foram levadas pelos manifestantes para pedir por justiça pelos responsáveis do crime.

 

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